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A mostrar mensagens de julho, 2010

tristezas

os círculos que se fecham. vivemos tão próximos dos anos vinte tão à espera da providência, ou do homem providencial...  

o Mude mudou-se para cá. Ou em 2009 a coisa era assim...

Então o que é feito do  MUDE ? Eu devo ser muito ingénuo, mas estava convicto que o primeiro museu do design da península ibérica seria aqui em Évora. Outra questão interessante é o tipo de abordagem feito. A capital do design, a obra de excelência, enfim a rapacidade de alguns benfeitores da causa pública. Quando toca a benfeitorias e desprendimentos os argumentos são sempre os mesmos...

ainda o dito museu do design

A conferência de imprensa do passado dia 26, dada pela Câmara Municipal de Évora, pela Direcção de Turismo do Alentejo e pelo coleccionador Paulo Parra, pretendia ser esclarecedora. Pretendia com argumentos irrefutáveis encerrar de vez a polémica em torno do putativo Museu do Design e do ainda existente Centro de Artes Tradicionais. Sob o lema “Da pedra lascada ao ipod” fez-se uma viagem pelas peripécias de todo este processo, apresentaram-se argumentos, nenhum deles novo, nenhum deles sustentado. Foi no fundo uma manifestação de intenções precedida de uma justificação colectiva para o desmembramento do moribundo Centro de Artes Tradicionais. Foi dito que dado o actual estado das coisas, apenas dois caminhos se apresentam, ou o fecho puro e simples deste equipamento, ou então a sua reciclagem e integração no novel Museu. As despesas são muitas e o rendimento inexistente, a oferta é decepcionante e pouco atractiva, há que inovar e essa inovação terá forçosamente de passar por outro mod

O Grande Fingidor

Este video é dedicado aos mentores da instalação do Museu do Design no espaço do Centro de Artes Tradicionais, em Évora. De notar as inúmeras peças de design utilizadas neste clip. Muitas delas verdadeiras obras primas de manufactura, dignas de um espaço de excelência.

Os artesãos do design

Gosto tanto de coisas feitas no recato dos gabinetes. Aprazem-me os arranjos, as construções do telhado para o chão. Vamos lá arranjar um sítio para alojar a tua colecção, mais a tua biblioteca temática, mais o inevitável empurrão ao teu nome. Há que conferir prestigio, dar pergaminhos à tua pessoa, tens de ser conhecido para além do teu circulo. Tens de ser reconhecido. Serás mais do que Paulo, mais do que Pedro, serás o Sebastião desta cidade, o sobretudo do Bandarra, a bandeira do renascimento cultural cá da terra. Basta que vás falando, mas não digas nada, fala apenas, tal como nós. É isso que resulta! Se nada disseres todos ouvirão o que querem ouvir... Do resto tratamos nós. Vais ver, transformaremos as reacções em insultos, os argumentos contrários em ressentimentos, transformaremos aqueles que se opõem, no espelho das nossas intenções. Tudo nos é possível aqui na nossa Acrópole, aqui na varanda de Nero de onde observamos sem sermos vistos... Não te preocupes nós somos

Diferença

A diferença é arrebatadora. Chega a ser quase interessante. Se nos detivermos nela. É um equalizador. Atenua as semelhanças. É um contrato. De comodato. De aluguer, se semovente. Se estática, de arrendamento. A diferença anula as arestas do semelhante. A diferença não é um fim em si. Nem um meio. Não tem método. Comunica-se

A dar baile à bófia desde 1890

hoje estou por Almeirim, a minha Mátria. Estou comigo, com os meus recantos fazendeiros, entretido a contar as pedras da minha calçada. Mas Évora está-me no coração, a minha bela, sublime, capital dos sonhos e do devir. Dei uma vista de olhos pelos blogues e... Pimba!!!! Não é que já saiu o parecer do IPM? Não é que esta luta de cidadania não está a ser em vão? GRANDE Tiago Cabeça! Olha só o que as pessoas conseguem fazer. A esperança ainda não morreu. Não morre nunca.

Os Feudos e os Feudidos do Costume

João Paulo Guerra no "Diário Económico" tem um artigo de opinião  arrasador , no que diz respeito à revisão constitucional proposta pelo partido que Passos Coelho supostamente lidera. É de facto triste que em pleno séc XXI, ainda estejamos sujeitos a manipulações feudais deste tipo. Será que não aprendemos nada? Será que 48 anos não bastaram?

Querida Justiça

Isto  é de uma gravidade extrema. Ainda bem que a comunicação social está atenta e divulga estes atentados ao erário público. Por causa desta e de outras o País não tem dinheiro para luvas e os submarinos ficam em doca seca, os impostos têm de aumentar, milhares caem diariamente no desemprego, os prémios de produtividade dos esforçados gestores são reduzidos, a dança das cadeiras desacelera. O que faz falta é uma alma Nobre, apolítica, supra-ideológica para por termo a esta bandalheira!!! Só ares, só ares que de concreto nada. Já ninguém passa cavaco às tropas. Até aos poetas se fecham as portas. Passos de coelho, diria eu. Pequenos saltos de lebre...

A Escola É Onde Existem Alunos?

A escola que a minha filha frequenta, uma eb1, é um triste exemplo da ausência de rumo, do faz de conta reformista, que de repente assaltou o país de excelência, que de excelência só tem os excelentíssimos dinossauros, ou broncossauros... Situada num antigo convento, com as respectivas barreiras arquitectónicas, alberga cerca de 250 crianças que, além dos professores, são acompanhadas por seis funcionárias não docentes; pessoas esforçadas admito, mas que não possuem o dom da ubiquidade. Além de controlarem as crianças, têm de proceder à limpeza do espaço, dar acompanhamento na hora das refeições, controlar entradas e saídas, etc. No início do ano transacto, foi dito aos pais que as portas da escola abririam a um quarto para as nove e encerrariam a um quarto para as seis da tarde dada a escassez de funcionárias. Imagine-se a confusão e o transtorno que tal medida causou, grande parte das pessoas tem de entrar ao serviço muito antes das nove, outras tantas saem do trabalho depois das

Se o José Mário Branco...

Se o José Mário Branco se candidatasse à Presidência? Em vez de uma campanha teríamos uma festa. Os discursos arrebatados, mas apesar de tudo circunstanciais e monotonamente previsíveis, seriam substituídos por intervenções musicais do candidato. As pessoas entenderiam que a vida não tem de ser cinzenta e que o tédio é inimigo da Liberdade. Estou em crer que se o José Mário Branco  fosse candidato, falar-nos-ia de cidadania e de como o homem livre é um habitante da Polis, diria de certeza que a cidadania é um acto político e que só com actos políticos se varre a corrupção e o compadrio; que só afirmando alto e bom som a nossa vontade, se acabam as meias tintas dos senhores correctos e bem intencionados que não têm ideologia nem outro interesse que não servir, mas que se vergam a patrocínios e a estratégias obscuras, revanchistas, de quem quer o poder pelo gozo que o poder dá. Se o José Mário Branco se candidatasse o país ficaria cheio de cravos e de esperança e os caminhos enchia

Artigo de Mário Tomé

Alpoim Calvão, o chefe operacional do ELP/MDLP, organização que se distinguiu pela execução de 7 atentados mortais, foi condecorado no dia 10 de Julho de 2010 com a “Medalha de Comportamento Exemplar” Ler aqui

AEC- A Educação Castrada

Quando em Portugal se aposta nos mega-agrupamentos, encaixotando alunos (uma capacidade média de 1700 alunos por agrupamento, segundo o Secretário de Estado João Trocado), lá por fora a aposta  é exactamente a contrária. O aumento da dimensão traduz-se numa redução do que o Estado tem de despender por cada aluno. Em Portugal, no ensino não superior, esta factura rondará os três mil euros por ano.Em Portugal, a par com a concentração de agrupamentos, irão também ser encerradas as escolas do 1.º ciclo com menos de 20 alunos. A lista das que fecharão no próximo ano lectivo deverá ser conhecida esta semana. Desde 2000 já fecharam portas 5172 escolas deste nível de ensino. Para quando uma discussão séria acerca do estado da educação neste país? Será por os resultados de uma reforma séria não terem "media apeal"? Será que a cadeira do poder é tão apetitosa que justifica o mais absoluto divórcio com o povo deste país? Educação não dá votos, pode até tirá-los; mas em compensaç

El Velo de Maya

1937 19 Enero Hoy hace seis meses que empezó la guerra. Estamos en un rincón de montaña, tranquilo y solitario, bien diferente de aquella ciudad frenética, trágica, incendiada del 19 de julio. Recuerdo que la víspera encontré en la tranvia a un chico cubano: hacia muchos anos que no le veía. Me aconsejó que aquella noche no saliase, porque "pasarían cosas". Pero hacía tanto tiempo que se esperaba la catástofre! Se dijo aquel día que se habían sublevado las tropas de Marruecos, que desembarcarían en la Península. Mariá Manent - El Velo de Maya - Diario de la Guerra Civil
Thanks Spain! Thanks for getting  World Cup for Portugal. According to the 1494  Treaty of Tordesilhas ,  everything conquered  by Spain,  East  of 46 degree  Meridian is   property of Portugal!!! Can you  please, return  the  Cup ?  

Logo à Noite em Samarcanda

Logo à noite em Samarcanda há um suave abraço que me espera Um abraço de seda Voluptuoso Logo à noite em Samarcanda o meu olhar vai adormecer no infinito Repousar por fim Vou no dorso da surpresa Encontrar o mais comum enlace Vou libertar a vida Logo à noite em Samarcanda

Gone with the wind

Tudo o Vento Levou, é o título de uma fita de Hollywood (bosque sagrado). E é também um retrato do efémero. O vento nunca leva tudo! Leva apenas o que está à superfície, a espuma das coisas, o que não tem raízes. Se preferirdes, o vento leva consigo o prescindível. Numa perspectiva de cultura, o vento leva modas, expressões transitórias. A Cultura, sustentada, enraizada, essa mantém-se e numa intima parceria aminoácida, vai libertando vida, consubstanciando matrizes. Olarilolé!!!

Por Tangos de Anil

Por tangos de anil frementes nos ritmos quentes dos trópicos  do lado de lá suspiram gestas submersas no fado do lado de cá E a sua alma taprobana luz e reluz e treluz em ânsias de marear É num ápice que se despoja das vestes do medo e corta as amarras que prendem à terra Ei-la lesta zarpando num indizivel fogacho de prazer Ai a aventura que garboso eufemismo para a liberdade Foi assim entre mar e nada que se deixou seduzir pelas festas do vento Talvez lhe aprouvesse o ar Então criou asas e voou um voo de concupiscencia feito lavra a rasgar a linha do horizonte De um lado o céu do outro o mar Nesse acto de volúpia despertou de novo os deuses e trouxe de volta  à terre a dor da imortalidade Depois chorou Só com as mãos cheias de nada

Morabeza

gosto das águas mansas do Índico, das águas marulhantes do Atlântico, gosto das águas esmeralda do Pacífico. gosto do equador e dos seus três oceanos. S. Tomé, Madgáscar, Nova Guiné. a Mina, Ceilão, Macau... trapiches e alambiques e amores furtados nas ilhas do Sol Nascente. barcos e caravanas e igrejas e fortes no delta do Mekong,  no estuário do Amazonas e no minúsculo rio de aldeia, bem mais pequeno que o Tejo dos poetas. gosto de Lisboa, mãe,  regaço aberto ao rio e ao mar...

Pois...

Às vezes, chego a pensar que não tenho jeitinho nenhum para escrever o que quer que seja. embrulho-me com as palavras, tropeço nos sinais, confundo os tempos, enfim, fico a modos que apalermado; como o sorriso da Gioconda. Isto de querer narrar, tem muito que se lhe diga...

Moçarábia

Quando me perguntam de onde sou, respondo asinha que sou da Moçarábia; do Arco Mediterrâneo. Sou descendente dos navegadores do grande lago e transporto comigo os genes deterministas da margem sul, misturados com a vontade libertária da margem norte. O meu riso é grego, as minhas lágrimas correm por Cartago. Sou filho da diversidade, da síntese impossível. Ao mesmo tempo que  abraço "Aureas" guio-me pela estrela de "Bóreas". Tenho os olhos postos em "Pangea", mas falo a língua de Gilgamesh. Sou caminhante da Diáspora. Sou um homem da Moçarábia.

Jornadas Sobre O Alentejo

Estou farto desta merda

Sou um homem comedido, procuro sempre ser justo e moderado nas críticas que faço. Entendi envolver-me na vida da Polis, não por anseios de notoriedade, tampouco por dividendos que eventualmente pudesse colher, mas para ser útil, para dar o meu contributo enquanto cidadão. A razão primeira para este passo, prende-se com o facto de ser pai, não quero que os meus filhos sejam forçados a viver num mundo cada vez mais desigual, não quero que os meus filhos sejam as vítimas futuras dos predadores, que, sob a capa de uma falsa democracia, constroem este matadouro neo-liberal, forma elaborada de fascismo social, que se alimenta das desigualdades, da miséria, da ausência de perspectivas; que sob a capa da Economia se esquece deliberadamente do Homem para engordar os homúnculos que o sustêm. Qualquer espírito livre, generoso, sabe e sente, que a aposta principal, a prioridade das prioridades, é o ensino, a educação. É na escola que se cultiva a liberdade, o respeito pela diferença, a solidaried

Shreck e o Deserto

Inês Shreck no Jornal de Notícias, afirma que "utente da saúde custa mais 37% a sul do que a norte". fiquei curioso e apressei-me a ler a  notícia . Fiquei então a saber que para a dita senhora, o país acaba na região de Lisboa e Vale do Tejo. Todo o território a sul é o deserto. O que é preocupante, não é o erro, filho da ligeireza desta senhora. O que assusta, é que no fundo lá bem no fundo, para muitos o sul é despiciendo. Regionalização já!!!!

Helpless

Estou macambúzio, atordoado pelo calor, com as ideias em sopa quente. Os pensamentos saem-me à colherada, com os conceitos todos misturados. gostaria de escrever um gaspacho nesta posta mediterrânea. Assim com ilustrações fortes a marcarem a sua essência, mesmo que misturadas num caldo. Mas hoje está difícil...