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Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2011

Anjos do Deserto

As Muralhas

Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é tolo ou não sabe da arte. Estou convencido que esta máxima ficaria a matar no frontispício do edifício sede da ONU em Nova Iorque e deveria mesmo constar da capa dos inúmeros dossiês em mãos de tão prestimosa organização. Só assim se compreende que num mundo de abundância, em que existem limites à produção de géneros alimentícios, em que a evolução do saber, os avanços tecnológicos, a arquitectura de uma sociedade global, progridem a ritmo vertiginoso, apenas uma ínfima parte da população viva acima de um patamar que possa ser considerado de conforto. Na verdade é a desajustada distribuição da riqueza, com as desigualdades que provoca, que está na base desta crise planetária que se manifesta nas mais distintas formas consoante o contexto, mas que redunda invariavelmente em violência e repressão. Constroem-se autenticas muralhas em torno de estados e continentes mais ricos para impedir a imigração, lançam-se discursos redondos, c

Homunculus

“Sampaio, fumas demais e depois é esta conversa. Sabes que houve eleições, onde perdeste estrondosamente, e que até novas, o poder é para se exercer. Nessa tua cabecinha queimada continuas a fantasiar com revoluções, bombas e o poder na rua enquanto te deleitas por não ter responsabilidade nenhuma senão tratar dessa proeminente barriga. Poupa-nos.” 23 Fevereiro, 2011 14:25 Os homunculus, são a escória da escória, o produto do lixo que não decompõe e é varrido por vassoura incauta para debaixo do tapete. É aí, nesse espaço abaixo do que os homens pisam que os homunculus se desenvolvem. Atingida a maturação plena vêm à superfície e de imediato arranjam dono, porque precisam de dono que os sustente, que lhes ordene o que fazer, como deverão proceder, já que os homunculus, apesar da sua aparência humana, são vazios, desprovidos de razão, de sentimentos, de vontade, são objectos a utilizar por quem deles quiser dispor. Como são vazios, a sua fidelidade é momentânea, ditada apenas pela p

Escola onde estás tu?

Confesso que jamais me passou pela cabeça pôr os meus filhos e filhas no ensino privado. Não por uma questão económica, mas porque entendo que o ensino público estará em principio melhor apetrechado e mais vocacionado para uma educação formadora, aberta e democratizada do que a esmagadora maioria dos estabelecimentos privados que por aí pululam. É importante para mim, como para quaisquer pais, que os meus filhos cresçam e se estruturem num ambiente plural, de respeito e abertura, que interiorizem valores de cidadania, que aprendam no convívio com a diferença que o ensino público proporciona. Todos pagamos impostos convictos de que o dinheiro com que contribuímos para o bem-estar colectivo, apesar de todas as vicissitudes conjunturais e de todas as limitações que possam surgir devidas à sua escassez, é prioritariamente empregue na formação das nossas crianças e jovens. Não nos passa pela cabeça que quem transitoriamente governa a coisa pública, abdique do futuro de um país de ânimo le

Os Sabores do Baixo Alentejo

Agora que já estou inscrito, posso divulgar sem receio de perder o meu lugar à mesa. tel-266781253 tm-933316005

Hello

A morte saiu à rua

Há um s entimento de culpa que me invade e gostaria de partilhar convosco. Nós "ocidentais" somos em grande parte responsáveis por isto, porque enfronhados na nossa sociedade do "bem estar", com tudo o que o "dinheiro compra" deixamos que os nossos governantes sem escrúpulos, tão criminosos quanto estes monstros, cultivassem a bem das suas negociatas, estas ditaduras (todas as ditaduras), que vendessem armas e aceitassem acolher nos seus bancos o dinheiro de sangue destes monstros, que partilhassem com eles os lucros da infâmia. Ignoramos os sucessivos avisos e mais! vendemos o nosso silencio em troca das comodidades do "primeiro mundo". Permitimo-nos esquecer o que duas guerras mundiais nos ensinaram. Somos nós com a nossa atitude abúlica face a este poder fascista, que não reagindo permitimos esta desgraça. Porque é deste lado da ínfima percentagem dos que tudo têm, que deve nascer a mudança. A escória das escórias que governa o mundo e

A Cultura Manifesta-se

A cultura manifesta-se esta quarta-feira através dos seus agentes. Manifesta-se na Praça do Sertório, em frente da Câmara Municipal de Évora, que “in illo tempore” já foi uma cidade de cultura. Agora pelos vistos, o seu objectivo é ser uma cidade com espectáculos. Assim a modos que uma cidade Barbie, ou um limão seco, com casca grossa, mas sem nenhum sumo. Por fora e a uma distancia conveniente até parece que a cidade vive e pulsa; é Cidade Património da Humanidade, tem uma Universidade, com o que isso implica de criação e de actividade, ainda tem turistas vindos de inúmeras procedências em busca do mito. Mas depois, o que acontece é espuma irrisória, maquilhagem, cenários feitos à medida de um Cecil B. DeMille de trazer por casa. Porque na verdade, uma aposta na cultura implica riscos, implica acima de tudo diálogo e confronto de ideias e debate, implica transparência e a transparência implica coragem. No fundo até se entende, não é fácil ter ideias, é complicado não ter propostas e

Plataforma pela Cultura em Évora

No próximo dia 23 saímos à rua. Em Évora, cidade Património da Humanidade, saímos à rua. Trazemos para a rua a nossa inquietação enquanto cidadãos, a nossa missão enquanto agentes culturais. Trazemos a nossa indignação face ao incumprimento dos compromissos assumidos pela autarquia, à ausência de diálogo com estruturas e artistas, à redução dos projectos culturais a meras relações de custo/benefício. Em Évora, cidade Património da Humanidade, batemo-nos por uma política cultural de cidadania, de participação e de responsabilidade. Por uma política cultural transparente, regida por princípios claros e garantindo igualdade de oportunidades. Por uma política cultural economicamente responsável. Por uma política cultural atenta à diversidade de públicos e civicamente responsável. Por uma política cultural de serviço público. Convidamos todos a participar na Concentração dia 23 de Fevereiro, a partir das 15h, na Praça de Sertório, frente à Câmara Municipal. O sector cultural é

As Vacas Sagradas

Desengane-se quem julga que em Évora não existem vacas sagradas. Elas existem e passeiam-se pela cidade, impávidas, ostentando o seu estatuto de intocáveis, indiferentes ao resto da manada. Fazem o que querem e como julgam que o podem fazer, não têm critério, fazem e pronto. Assumem compromissos apenas por assumir, já que quase nunca os honram, prometem por prometer, apenas para vislumbrar na expressão dos outros um ar de espanto, divertem-se assim, são Narcisos, contemplam o reflexo que criaram de si e vivem contentes. Pouco lhes importa o sofrimento dos outros, o sofrimento que provocam aos outros, porque não o sentem. Nada lhes diz o rasto de desolação que deixam à sua passagem. São vacas sagradas. Vivem encastelados no seu mundo de enganos e mistificações e engendram maneiras de ficar com o melhor pasto que dividem entre si, porque partilhar não é com elas. As vacas sagradas não têm amigos, são sagradas, exigem admiradores, crentes, aspirantes à sua exclusiva manada, são um clube

Os Miseráveis

Os partidos do centrão, (ou o partido do centrão) chumbaram a limitação das  remunerações  dos gestores públicos. Entende-se. Uma coisa é arvorarem-se uns em defensores do Estado Social, outros em paladinos dos bons costumes, outra coisa diferente é admitirem mexidas no seu sistema de distribuição de prebendas, que é a cenoura acenada aos aspirantes a boys ou a seniores e lhes permite controlar o aparelho de Estado, é a tuberosa que lhes serve de sustentáculo para a alteridade, que os perpetua no poder e que vendem como alternância. Permitem-se reagir indignados, como se foram os donos da verdade, quando alguém os censura pelo estado da nação. Com o desemprego a aumentar, o trabalho precário como regra, os salários de penúria, os cortes nas regalias sociais, o aumento das prestações sociais de todas as formas e feitios, o desinvestimento na educação e na saúde, a abdicação da soberania nacional, a entrega passiva das nossas expectativas de futuro exactamente nas mãos de quem nos su
DEBATE EM LUTA PELA MUDANÇA ! As revoltas populares no Magrebe e Médio Oriente Casa do Alentejo Sexta-feira, 18 de Fevereiro 18.00h Com Rui Namorado Rosa  - Presidente do CPPC Carlos Carvalho - Dirigente da CGTP/IN Adel Sidarus - Professor Universitário, Dirigente do MPPM Frei Bento Domingues - Dirigente do MPPM José Manuel Rosendo - Jornalista

Censuraste-is

Quando alguém bem intencionado, se envolve na política, fá-lo com a vontade genuína de contribuir para a melhoria das condições de vida dos seus concidadãos. A motivação nasce sempre da proximidade, daquilo que se vê e não se entende, do sofrimento com que quotidianamente se cruza. Mas depois, bem… depois, confrontado com a lide partidária ou associativa; entende que tem de negociar, delinear estratégias mais ou menos complicadas, estabelecer metas graduais e acaba por se desligar, aos poucos, do que inicialmente o estimulou. As pessoas passam a ser multidões e as multidões números, dados estatísticos, uma floresta. É assim. Alguém tem de cuidar da orgânica das coisas, dar sentido colectivo às múltiplas pulsões. Essa é uma prática difícil, porque os perigos são muitos e de diversas cambiantes. Se não existir controlo, o que é justiça rapidamente se transforma em favor, o que é autenticidade facilmente degenera em demagogia e se o fim proposto é o único objectivo e qualquer forma de o

O principio de Peter nos quadros

" In a hierarchy, every employee tends to rise to his level of incompetence" Entrar na Universidade, uma qualquer, escolhida a licenciatura, uma qualquer. Lá chegado integrar uma lista para a Associação de Estudantes, qualquer lista, desde que supra-partidária e em lugar elegível. Só depois é viável a aproximação às juventudes partidárias e nunca de forma precipitada, ir negociando, fazendo e recebendo favores, só posteriormente feita a relação custos/benefícios… aderir a uma. Há quem opte por arrimar-se à estrutura de um partido tribunício; tem as suas vantagens: mais mobilidade, já que a competição é menos feroz e, as causas adoptadas, por regra, têm maior visibilidade. Poder-se-á depois fazer transferência para um partido do arco do poder. Sendo o objectivo da licenciatura, a integração no aparelho de um dos partidos do eixo do poder, é também importante que essa integração seja plena antes da conclusão da licenciatura; é preferível perder um ano ou dois, a uma assimil

o tirano está de abalada

Hoje é um dia histórico. O Egipto acordou e mostrou ao mundo, que os homens no poder, os homens que querem controlar o poder, não passam de tigres de papel. Ficou provado que a força está do lado do povo, sempre. Ficou provado também que o único obstáculo que nos separa da verdadeira democracia, daquela que genuinamente representa o poder do povo, é o medo. Os tiranos vivem do medo que instilam, alimentam-se dele, porque sabem que o medo paralisa, que o medo tolhe, que o medo não deixa viver, permite apenas que se sobreviva e permite-o  porque sem isso perde a sua razão de existir. Os tiranos vivem do preconceito, vivem da ignorância e da indiferença. Vivem apenas porque os deixam viver, não porque o mereçam. Os tiranos não querem saber dos nossos filhos, ignoram os nossos pais, que já não lhes servem, ignorar-nos-ão a nós que agora lhes somos submissos. Os tiranos não têm pátria, nem família, não têm sequer uma sombra que os acompanhe, porque desaparecidos, não deixam rasto da sua e

os prazos que a vida tem

Hoje por hoje tudo se me afigura de uma tristeza sem fim. As coisas expostas, cobertas de máscaras, dando apenas vislumbres do que poderiam ser... Inventamos o prazo. Ou deixamos que o inventassem por nós. Vivemos a prazo, condenados a fruir a prazo os prazos que a vida tem. Já não há muito o que nos sustenha, alguma coisa sem prazo, uma cultura, a vida...

Assassinato

O despudor assassino, criminoso dos cães de fila. Revolução pacífica? Como?

Se mudam as moscas...

Como é possível dar tal bordoada na transparência democrática e esperar que ninguém repare? Explique-me quem puder, como se eu fosse muito burro, como pode haver alguém que julgue ser possível soltar um elefante numa loja de porcelanas sem que esta fique destruída? Nem o hábito da impunidade justifica tal desatino, nem a impreparação permite tamanha bebedeira de prepotência. Não se questiona sequer a pessoa, porque se fosse apenas isso, atrás dela outra viria. A gravidade reside isso sim, no total desrespeito que quem foi eleito manifesta pelos direitos de quem o elegeu, como se o poder fosse o objectivo último, ao invés do que esse mesmo poder possibilita na gestão dos recursos, na possibilidade afinal de melhorar a vida de todos; individual e colectiva. São casos e casos que se sucedem e em todos eles vem claramente visível a impressão digital destas pessoas que se julgam donas do mundo, mandatadas para esquizofrenar a seu bel prazer, em delírios que mais ninguém entende, em acesso

Os amigos, as livrarias, as barbearias e a espera de melhores dias.

Todos temos amigos. A vida é uma aventura a termo incerto e embarcados nela, necessitamos sempre de uma forma ou outra, da nossa Ítaca, essa ilha de conforto em que reganhamos força, ou então em que criamos lastro para afrontar futuras tempestades. Os amigos são Ítacas, várias Ítacas, arquipélagos. Por vezes, quando converso comigo, invoco entre sorrisos os meus amigos, o que me aproxima deles, o que com eles vivi ou gostaria ainda de viver… rio-me a bandeiras despregadas com a total ausência de razão que determina a não escolha dessa amizade; porque não se escolhem amizades, nem se lhes confere o tempo dos relógios. As amizades vivem-se apenas. Quando tal acontece nasce-me a vontade de expor esse mapa ao mundo, a urgência de revelar o caminho que partilho com alguém. É o caso do meu amigo Bento, o livreiro com alma de barbeiro. Livreiro porque vende livros, tem uma livraria; mas para ele uma livraria só funciona se tiver sempre um lugar disponível para uma boa conversa. Conversa de

Para acabar de vez com a cultura... a coltura

Muito se tem comentado por estes dias a entrevista concedida pela vereadora da cultura, a um semanário desta cidade. Espantam-se as gentes com a ausência de perspectivas, com a falta de iniciativa, com a inexistência de estratégia, com a costumeira desculpa da falta de verbas, como se tudo neste mundo fosse determinado pela existência ou não das moeditas no fundo do saco. Serão justas as críticas, mas talvez não correspondam inteiramente à verdade, ninguém pode ser tão acessório, tão redutor, que escolha como bandeira do seu mandato a total inoperância e que a justifique com a falta de dinheiro; a ser assim a política cultural deste país estaria entregue ao Ministério das Finanças e quiçá os Técnicos Oficiais de Contas tivessem no seu currículo cadeiras como História da Arte, ou Semiótica ou qualquer outra que os integrasse nos meandros da hermenêutica. Por isso resolvi investigar o trabalho até agora desenvolvido pelo pelouro. Eis então o resultado da minha busca: Açorda de Coentros

O Coraixita

Mohamed era Coraixita, nascido numa tribo de pastores e mercadores que habitavam a península arábica. Era um homem iletrado e os conhecimentos do Corão foram-lhe transmitidos pelo Arcanjo Gabriel, que lhos segredou ao ouvido e que ele depois transmitiu ao mundo. Em menos de cem anos construiu-se um império que se estendeu do oriente distante até ao extremo ocidental da Europa. A península ibérica foi conquistada e convertida em três anos apenas, o norte de África em quinze. Terá sido isto possível? É o que reza a história. Mas que imensos exércitos teriam sido necessários? Que homens de vasto saber e persuasão os teriam de acompanhar, para que a conversão fosse simultânea à conquista? Como foi possível tomar a Síria e Alexandria, que era à época a segunda metrópole cristã; dominar o Magreb e a península ibérica, centros de saber, de conhecimento, berço de homens como Agostinho de Hipona (S. Agostinho) e Isidoro de Sevilha ou Prisciliano, se já não corresse o mundo uma ideia força, uma

E porque não

(conhece-te a ti mesmo) Ontem Adel Sidarus partilhou com quem o quis ouvir, numa conversa informal, aquilo que sabe sobre a sua terra e o que entende serem os motivos que levaram a esta revolta, não apenas no Egipto, mas por todo o mundo árabe. Estiveram presentes bastantes pessoas que lotaram o espaço da "Ler com Prazer", uma casa de todos os que gostam de viver a liberdade como um estado de alma e que entendem e respeitam e agradecem as diferenças de cultura e de opiniões que a partir daí emergem. Houve debate e todos saímos mais ricos, com vontade de repetir e participar nesse mosaico em que as ideias se encaixam e provam que é na floresta que as árvores fazem sentido, uma a uma e todas ao mesmo tempo. Talvez por isso dei comigo a matutar: com tanta gente de formações tão diversas, que bom seria abrir um espaço de comunicação através da exposição e do debate de ideias, de experiências de vida, a que concretizações poderia essa navegação levar. Estou certo que tudo com

Croc-Croc

"Foi assim: Um dia, decidi sair do trabalho mais cedo e fui jogar golfe! Quando estava   a escolher o taco, notei que havia uma rã perto dele. A rã disse: - Croc-croc! Taco de ferro, número nove!  Eu achei graça e resolvi provar que a rã estava errada. Peguei no taco que ela sugeriu e bati na bola. Para minha surpresa a bola parou a um metro do buraco! - Uau!!! - gritei eu, virando-me para a rã - Será que você é a minha rã da   sorte? Então resolvi levá-la comigo até ao buraco. - O que é que acha, rã da sorte? - Croc-croc! Taco de madeira, número três! Peguei no taco 3 e bati. Bum! Directa ao buraco! Dali em diante, acertei todas as tacadas e acabei por fazer a maior pontuação da minha vida! Resolvi levar a rã p'ra casa e, no caminho, ela falou: - Croc-croc! Las Vegas ! Mudei o caminho e fui directo para o aeroporto! Nem avisei a minha mulher! Chegados a Las Vegas a rã disse: - Croc-croc! Casino, roleta! Evidentemente, obedeci à rã, que logo suge

Gingarelhos da Coltura

Estou muito feliz, bastante tranquilo, e esperançoso no radioso futuro da cultura, em sentido alargado, nesta cidade. Já sabemos que o Museu do Artesanato não vai acabar. A vereadora da cultura assim o diz: “Não vai acabar, não vai acabar, continuará a chamar-se Museu do Artesanato. Será criado o Museu de Artesanato e Design de Évora, que até tem uma sigla engraçada, MADE”. É engraçada sim senhor! Mas o que quererá dizer? Depois de muitas voltas à cabeça, decifrei o sentido modernaço da dita: Marimbamo-nos Absolutamente na Dignidade dos Eborenses. Está bem visto sim senhor! Não poderiam ter encontrado melhor definição para a sua política cultural. Substitui-se assim a ultrapassada sigla do CAT (Com Amor e Trabalho) por uma que se adequa na perfeição ao que se passa “Cá Polas” bandas de Évora. Além do mais sendo o Design Industrial uma adequação mais rentável do que era a produção artesanal antes da industrialização, faz todo o sentido aglomerar, canetas de tinta permanente, lambretas

As Ditaduras e as Ditamoles

Abaixo as ditaduras! Concordo e acrescento: Abaixo as ditamoles! É que esta história das democracias burguesas mais o seu esplendoroso marketing… Imagino o Presidente do Chase Manhatan Bank a dizer, enquanto fuma o seu charuto, ao director da Standard and Poor’s: “A democracia não é um regime perfeito, mas é o melhor que se pode arranjar” E não é que o homem tem razão? As ditaduras são muito instáveis a médio e longo prazo. Baseiam-se na repressão óbvia e se bem que os seus custos sejam mais baixos, já que apenas alguns (poucos) recebem prebendas, tendem a degradar-se com o tempo e normalmente acabam de forma abrupta. Muitas vezes com uma revolução e um estado caótico, difícil de absorver pelo sistema. Já as democracias, tendo a desvantagem da alternância entre títeres e respectivos aparelhos; o que representa maiores custos de manutenção, têm a vantagem da durabilidade, acrescida de mecanismos próprios para a diluição de tensões. A ideia de mudança propiciada pelo voto, permite a ma

Adel Sidarus na Ler com Prazer