Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de 2012

Fuck The Sistem

(imagem tirada daqui: http://www.facebook.com/pages/HUMOR-INDIGNADO-99/138334929602845) Não há político honesto, não há político desonesto. Há uma comandita que controla o sistema. Os partidos do "arco da governabilidade" vão buscar o lixo humano para lugares de destaque. Apropriaram-se do poder, gerem uma alternância de ficção e partilham o "pote" entre compadres. Quem não faz fretes não ascende. quem faz fretes espera sempre receber algo em troca. As "jotas" servem para fazer a triagem, desde os esquemas das associações de estudantes até aos cargos de administração em grupos económicos, passando pelo tirocínio de uma Secretaria de Estado, ou por um lugar numa qualquer Comissão Parlamentar com o prestimoso voto, ou por uma Ong, ou por uma assessoria qualquer... Sobe-se de cu aos ventos, vendendo a mãe, o pai e muitas vezes, a mulher em arrojados fins de semana festivos, sob a bandeira dos vícios privados, públicas virtudes. O esterco cheira ma

Hoje Há Greve Geral

Passos Coelho conseguiu com esta bendita asneira de não conceder tolerância de ponto à Função Pública, o que as centrais sindicais, a que é e a que jamais foi, nunca na sua história lograram atingir. A mais bem sucedida greve geral na história da segunda República. O país parou e a festa está nas ruas. várias manifestações com milhares de pessoas estão a acontecer em todo o país, e os agentes da autoridade (facto inédito) preocupam-se apenas com a segurança dos cidadãos e deixaram a repressão de lado. Aguardo com ansiedade os números de adesão à greve, mas estou convicto que andarão próximos dos 100%. Tanto quanto sei, apenas os serviços mínimos estão garantidos e mesmo o patronato num gesto inédito, aderiu à paralisação. De facto há vocações que se manifestam tardiamente, a de Passos como sindicalista é uma delas... de qualquer das formas respeito a sua coragem. não é fácil para um Primeiro-Ministro assumir assim a luta dos trabalhadores.

Deixem-se de Falsos Pruridos

Caíram que nem uma bomba as declarações proferidas pelo Presidente do Parlamento Europeu, acerca do convite do governo Português ao investimento Angolano no nosso território. Interferência na nossa soberania, ingerência despropositada, foram as críticas mais suaves que se ouviram, se calhar com alguma razão, mais por via indireta, como consequência das patacoadas, essas sim abusivas, da chanceler alemã, do que pela própria essência do discurso de Martin Schulz  . Em boa verdade, o cerne da questão consiste em saber até que ponto, estados democráticos, como Portugal ou a Alemanha, ou qualquer outro, ao negociarem com a China, ou com Angola ou com qualquer outra ditadura em que os mais básicos direitos do homem são ignorados, em que a corrupção é um instrumento banal de poder, com mortes, prisões, inimagináveis desigualdades sociais... não serão cúmplices de todas essas iniquidades. Há que reflectir sobre se o dinheiro tudo justifica, ou se pelo contrário a economia deve estar ao

O Burro do Inglês

“Devemos persistir, ser exigentes, não sermos piegas e ter pena dos alunos, coitadinhos,que sofrem tanto para aprender”, ilustrou, considerando que só com“persistência”, “exigência” e “intransigência” o país terá “credibilidade”. Quem ilustrou foi Passos Coelho o insigne primeiro-ministro desta ficção que alguns insistem em apelidar de governo. Confesso que houve uma altura em que cheguei a pensar que eles, (o governo) eram mal intencionados, que tinham como objectivo último dar cabo do país, integrar-nos numa pã-germania em que cumpríssemos o papel de contentor, consumindo os restos do lixo neo-liberal… assim a modos que o extremo esfarrapado de uma bandeira. Mas não! Eles (o governo) são mesmo burros! É trágico mas é verdade. Convém, para que sigam melhor o meu raciocínio, lembrar-vos que estes cavalheiros se formaram no consulado de Cavaco, o tal do betão e do bom aluno, o homem do sucesso medido pelos bens materiais. Para eles, sensibilidade social, política, ou qual

Naufrágio

Diz o PM que o programa eleitoral do PSD continha tudo o que foi acordado com a Troika e mais umas quantas medidas avulsas. Não terá sido assim; o programa foi copiado do memorando e viu depois uns tantos acrescentos, apenas para que se pudesse distinguir dos programas do PS e do CDS, que por sua vez também eram o acordo quase ipsis verbis, apenas com uns retoques para lhes conferir uma originalidade que não possuíam. Durante a campanha foi dito e jurado que não existiria outra alternativa para Portugal, que se não existisse o acordo e os subsequentes fundos de resgate, o país sucumbiria a uma inevitável bancarrota e que isso, só por si, justificava plenamente a abdicação de grande parcela da nossa soberania e a austeridade cega que o pacto implicaria. A quem não concordou e alertou para o futuro sombrio, foi colado um rótulo de irresponsabilidade, um labéu de traição. Assumiu-se que uma renegociação da dívida seria a total perda de credibilidade internacional e que mais d

1300 DINHEIROS

Nós portugueses, não temos um Presidente da República, temos em seu lugar uma sombra, uma virtualidade. Em Belém habita uma figura sinistra e deplorável, um não cidadão. Um Presidente é um político, um homem de ideias, com pensamento consistente, com obra. Porque só com obra um homem se expõe, só com obra ele existe, e quando existe, existe também a coragem de ser, a rectidão de afirmar, de ultrapassar as suas fronteiras e assumir a tarefa que lhe puseram nas mãos, que lhe confiaram. Contra ventos e marés, contra os seus próprios interesses ocasionais, porque um Presidente é um símbolo, um garante da cidadania, uma luz, uma referência. Em Portugal em vez de um Presidente, temos um capataz, um ordenança, um sempre em pé, especializado na esquiva dos ventos, aprestado em servir quem lhe paga, quem o deixa aparecer em bicos de pés num rodapé obscuro de um livro que ninguém quer ler. Eis o homem na sua infame pequenez, o sacrificado, aquele que abdica de putativos ganhos p

Os Porcos Reproduzem-se

O homem que penhorou a retrete do Estádio das Antas e que seguindo a mesma linha   de pensamento excretou o programa eleitoral do PSD, o tal dos pentelhos, foi indicado para presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP. Vai receber 639 mil euros anuais que acumulará com a pensão de 9600 euros mensais. Num país em profunda recessão, com 20 mil pessoas abaixo do limiar de pobreza, com mais de 13% de desempregados, com uma inflação prevista superior a 3%, o que é que o homem tem a dizer? Apenas que  "50% do que eu ganho vai para impostos. Quanto mais ganhar, maior é a receita do Estado com o pagamento dos meus impostos, e isso tem um efeito redistributivo para as políticas sociais". Seria de supor então, que o combate à crise se sustentasse na criação de emprego, no apoio ao investimento e não no roubo absurdo perpetrado por este governo, à grande maioria dos cidadãos. Mas não! Rapa-se o taxo até ao limite e depois de tudo espremido aconselham-se as pessoas a em

Os Santos e os Pescadores

Escrevi este texto há algum tempo... A Deus o Paraíso, ao Diabo o Inferno, já o Purgatório é pertença de Anjos e Santos. O Paraíso fica no alto, o Inferno nas profundezas e o Purgatório no extremo ocidental da Europa. Os “Purgatorieses” não têm a consciência de habitar um espaço de expiação, por isso e também pela vaga sensação de culpa, que por vezes os assalta, são cordatos e cooperantes, como convém. E como é governado o Purgatório? De forma simples e eficaz. Em primeiro lugar, há que inculcar aos “Purgatorieses”, que são eles os senhores do seu próprio destino; organizam-se eleições para um parlamento, de onde emerge um governo, que é expressão dos resultados dessas mesmas eleições. Só que o líder desse governo, tendo aparentemente resultado da vontade expressa dos “Purgaturieses”, não passa de mera encenação. Quem determina a liderança são os Anjos e os Santos. De que forma? Existem duas congregações, a AIP (Anjos Influentes no Purgatório) e a CCP (Congr

no pasaran

Quem sou eu? O que faço aqui? Eu sou muitos. Sou todos aqueles que anseiam viver num espaço de liberdade, aberto, corajoso, capaz de se pôr em causa, de se despir de preconceitos e crescer humanamente com as diferenças que lhe dão forma e força. Sou os que sendo velhos, sobrevivem de velhas reformas dentro dos muros de uma cidade velha, numa casa incómoda que serve apenas para tapar o incómodo abandono a que foram votados. Sou os que começam longe a sua vida activa por não terem na sua própria terra condições para se fixarem. Sou milhares, milhões de vozes em uníssono a gritarem basta! Sou os sem-abrigo, os marginalizados que vivem à margem da sociedade, que percorrem toda a sua existência como sombras. Sou as minorias sem outra expressão que não a revolta, ou o sussurro do medo. Sou os imigrantes clandestinos, enclausurados na sua busca da liberdade. Sou as mulheres abusadas, as crianças violentadas. Sou todos os que não querendo são. Porque tem de ser assim. O