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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2010

Ai Alentejo

O Alentejo A cultura de Alentejo. Essa resistência passiva, como muro intransponível erguido de uma Cultura assumida, orgulhosa, sempre presente, mesmo na Diáspora. Presente na capacidade única de acolher quem se quer integrar. Verdadeira cultura de gestos, de coisas pequenas, de assinaturas únicas na música, na escrita, naquilo que se come, no que se vive à volta da mesa... O Alentejo não é um espelho, uma imagem virtual, por muito que se inventem contornos à medida das conveniências. O Alentejo é! E Pronto!

Os Novos Milionários

O nono país mais pobre da União Europeia ganhou 600 novos milionários em plena crise, apesar da crise, contra a crise e através da crise. ler artigo completo imagem worldpress

A Hérnia Estrangulada

Em Arcos de Valdevez, numa homenagem a Mário Soares, que classi fica de  "um grande português, de ontem, de hoje e de amanhã" , Fernando Nobre compara a actual situação portuguesa a uma hérnia estrangulada e afirma com o seu proverbial sentido de oportunidade, que as tentativas de colagem da sua candidatura  a Mário Soares, não passam de "fait divers".

Dia de São Receber

Pedro Bento passa a defender as cores da  Q-free , depois de ter passado pela SIEV. O seu tirocínio enquanto boy, foi feito assessorando o Secretário de Estado adjunto das Obras Públicas e Comunicações. Confuso? Nada disso, é apenas o "Centrão" no seu melhor

Acerca dos Tiranos

Falei aqui na solidão do poder. Na aridez incontornável, esquizofrénica, que esse sopesar discricionário, acarreta na hora da decisão. Não acredito que Robespierre ou Juarez, que Castro ou Getúlio, fossem predadores disfarçados. Ficaram reféns desse presente envenenado dos deuses. Sem terem a visão do Olimpo, tiveram nas mãos o raio de Zeus... E acabaram por fulminar do alto do seu palácio, todas as esperanças que transportaram, antes de serem reis... Transformaram-se em Tiranos. De Tiranos se trata neste  link . A Amnistia Internacional portugal criou esta  iniciativa . Eu aderi     

Pernas pró Ar

Os "Pernas Pró Ar" foram até Toulouse ao 24º Festival de Teatro de Crianças e Jovens. Levaram à cena a peça "No Mundo Maroto do Livro ao Contrário II". Chegam no Sábado, nas duas carrinhas de nove lugares, que tiveram de alugar, porque apoios, só da Fundação "Eugénio de Almeida". A "CME" não tem dinheiro, não pôde apoiar... Outras instituições também não.  Paciência... Os "Pernas Pró Ar" têm a poção mágica da imaginação (a peça é deles) da criatividade, do amor por aquilo que fazem, e foram mostrar em França que por cá também há quem "resista ainda e sempre ao invasor". Fazem parte de um grupo lindo, que cresce em arte, em solidariedade, em amizade. Mostram a quem quiser ver, que não é por acaso que Évora (a sua terra) é Património Mundial. Apesar de alguns se esforçarem por provar o contrário.

Mudam-se os Tempos...

Será a cantiga uma arma? Ainda? É um debate interessante, lançado neste  artigo  de André Rito no jornal i. vale a pena ler e pensar. Eu por mim voltarei ao assunto...

Rubi

              Chove. O dia declina e as pessoas, apressadas, molhadas, cruzam-se indispostas. Os sons em crescendo que as ruas libertam, anunciam a proximidade da noite.              Com a noite ouve-se o bater dos corações. Pensou José, enquanto fazia desenhos virtuais na calçada, com a ponta semi acerada do seu guarda chuva.             Uma folha de papel desatinava ora no ar, ora pelo chão, até que, no seu despercurso encontrou José.             “Parábola de um Sol Excêntrico”, eram as palavras que tinha consigo, palavras já desbotadas, mas ainda legíveis.             José tentou esboçar a parábola, mas só lhe surgia o incontornável era uma vez.             Era uma vez um homem comum, de guarda chuva,uma paragem de autocarro e uma mulher de ritmo bamboleante, que acabará apesar do tudo por virar a esquina que justifica a rua, pensou.             O homem do guarda chuva poderia chamar-se José, a mulher Rubi, a paragem, essa, era apenas filha do acaso.             De repente, urgiu-lh

As aparas de Gepeto

O homem está a meia haste. Nem velho, nem novo. Calcorreia a vida com um passado às costas.  Um saco de viajante, feito de lona, cheio de tralhas acumuladas, coisas supostamente belas, como o brilho dos corvos, arrecadadas, olvidáveis, perdidas no meio de outras. O homem vai inevitavelmente sentir pelo custo do seu caminhar, que tem de alijar a carga, deixar para trás  memórias, soltar recordações. Lenços brancos acenando ao seu percurso. Coisas da vida… O homem por vezes ouve falar de outros homens, que como ele, se deixaram enredar no efémero, que julgaram que todo o mundo se contem numa mão fechada, as unhas cravadas na pele, com força, para que os momentos lhes não fugissem por entre os dedos, que se não escoassem na clepsidra que o destino lhes reservou. Mas o homem sabe que essoutros partiram já e que partindo, deixaram para trás toda a vontade que lhes tolheu os movimentos, todo o fardo que suportaram para chegar a lado nenhum. O homem não tem asas mas pressente que não as neces

O triunfo dos Porcos

Já não há limites para o Neo-Fascismo que se instalou de armas e bagagens nos corredores do poder. Nos passos-perdidos das pseudo-instituições ditas democráticas, mas que, no final de contas, não passam de palcos para a afirmação mediática dos títeres escolhidos pelo capital global. Um dia destes, mais próximo do que distante, a Constituição de 33 parecerá um panfleto de esquerda ao pé da manta de retalhos que começa a ser a Constituição de Abril... Todos os animais são iguais, mas uns ... É cada vez mais uma preocupante verdade.

L'Osservatore Romano

O jornal do Vaticano fala de José Saramago, no dia em que o  Arcebispo de Nápoles  é acusado de corrupção. Quello di cui la morte non potrà mai essere accusata è di aver dimenticato a tempo indeterminato nel mondo qualche vecchio, solo per invecchiare sempre di più, senza alcun merito o altro motivo visibile". 

o Neo- Abranhismo

Imagem extraída do blogue "Barreiro Overnight" Confesso que tenho sérias dificuldades em pronunciar-me acerca de Cavaco Silva. Não gosto dele! e não é um desgostar racional, fundamentado, produto de análise crítica, distanciada. O que sinto pela figura, é uma visceral aversão, algo vindo da noite dos tempos, como se sempre tivéssemos existido e sempre tivéssemos militado em lados opostos da barricada. O homem de Boliqueime representa para mim o lado pantanoso, sulfúrico, que as democracias têm de suportar, para melhor entenderem o valor da tolerância. A sua ausência, ou de representante da Presidência da Republica, nas exéquias de Saramago, é um insulto a Portugal. Cavaco sendo o que é, como cidadão; tem a obrigação de esquecer a sua incivilidade, a sua prepotência, a sua banalidade enquanto homem e lembrar-se que como Presidente da Republica, representa o Estado. Tinha de ter estado presente, mesmo que isso lhe custasse, mesmo que a sua falta de coragem lhe gritasse o contr

Às vezes...

às vezes acontece. e quando acontece... Depois da tourada, vão direitinhos para o talho. imagens tiradas de "anche io aspetto questo giorno!" no facebook

Paixão

Apanhei o 28 já no largo da Graça. O Guarda-Freio olhou-me de soslaio quando tentei pagar o bilhete, depois encolheu os ombros e com um aceno  indicou um lugar junto à janela para que me sentasse. Passamos a igreja de S. Vicente, a Cerca Moura, a Sé, sem nunca parar, apesar das pessoas que acenavam frenéticas, ignoradas nas paragens sinalizadas. Só nos detivemos junto à igreja da Madalena, para que um homem magro, de bigode retorcido e ar melancólico, pudesse entrar. " Boa tarde Eduardo" disse o recém-chegado, o outro limitou-se a um grunhido indistinto, à laia de cumprimento. Depois quedaram-se silenciosos, a olhar a rua e as pessoas, enquanto o eléctrico seguia na sua marcha desengonçada, ditada pelos carris impressos no empedrado. No cruzamento com a Rua Augusta nova paragem. Um homem ainda novo, de ar roliço e jeitos efeminados,  chapéu de feltro cinzento a cobrir-lhe esparsos cabelos escuros, subiu sério,quase diletante. "Olá Cesário, olá Eduardo". &q

As Bolhas

bolhas... ascendentes descendentes flutuantes bolhas com gente lá dentro mãos abertas espalmadas no limite excêntrico  da bolha. olhos abertos como bolhas a revelar o espanto bolhas que se cruzam ooolá adeuuuus cumprimentam-se as bolhas bolhas urbanas de gente e mais gente ainda e ainda mais gente bolhas cheias bolhas ocupadas sem espaço para o tempo bolhas...

AECs

CARO/A ENCARREGADO/A DE EDUCAÇÃO, Sabia que a partir de hoje os professores das AECs estão desempregados e sem direito a subsídio de desemprego? Sabia que trabalhamos a recibo verde? Sabia que há quatro anos o governo implementou “a escola a tempo inteiro” totalmente à custa de professores precários? Sabia que muitas das aulas das AECs são dadas em espaços impróprios, sem condições e que os materiais necessários são quase sempre pagos pelos professores? Sabia que não somos pagos pelas avaliações e respectivas reuniões? Sabia que durante as interrupções lectivas (Natal, Carnaval, Páscoa) não recebemos, mesmo que tenhamos de estar na escola em reuniões ou na preparação das actividades? Sabia que o seu educando é prejudicado todos os dias pela instabilidade em que o sistema coloca os professores? Sabia que em muitas escolas nem nos deixam falar consigo? Agora que sabe, o que acha disto? A PARTIR DE AMANHÃ HÁ 15 MIL NOVOS DESEMPREGADOS NO PAÍS, QUE NEM SEQUER CONTAM PARA

Vivam Eles

Grupo "Pernas Pró Ar"

África do Sul

Recebi por email ESTAS  PERGUNTAS ACERCA DA ÁFRICA DO SUL FORAM COLOCADAS NUM SITE TURíSTICO  S UL-AFRICANO E FORAM RESPONDIDAS PELO DONO DO SITE. Divirtam-se!       Pergunta: Costuma fazer vento na África do Sul? Nunca vi na TV que aí chovesse, por isso, como é que as plantas crescem? ( Grã Bretanha) Resposta: Nós importamos todas as plantas completamente crescidas e depois ficamos por aqui sentados a vê-las morrer.  P: Serei capaz de ver elefantes nas ruas? (E.U.A.) R: Depende daquilo que beber.  P: Quero ir a pé de Durban à Cidade do Cabo - Posso seguir as linhas do comboio? (Suécia) R: Claro, são só 2 mil Km, leve muita água.  P: É seguro andar a correr pelos arbustos na África do Sul? (Suécia) R: Então é verdade o que se diz sobre os suecos . P: Existem caixas Multibanco na áfrica do Sul? Pode-me enviar uma lista das que existem em Joanesburgo, Cidade do Cabo, Knysna e na Baía de  J effrey?   ( G.B.) R: O seu último escravo morreu de quê?  P: Pode da

Fim

Morreu José Saramago. Morreu, como muitos antes dele, como todos nós, depois... A obra fica, acho que basta, e basta muito. A obra literária, mais a obra da vida, tecida no dia a dia. Feita de certezas e de dúvidas, de erros e acertos. Vai ser cremado, o seu corpo transformado em cinzas. Nervos, músculos, sangue, transformados em pó. Somos efémeros, corpos em trânsito, que importa um corpo sem vida? Que conta um objecto fechado, feito de papel e tinta e signos se não olharmos para ele? Se não decifrarmos os sinais impressos a tinta. O que faltará para que esse objecto se transforme em livro? Para que se metamorfoseie em palavras? O homem morreu, está morto. É como vivo que  se quer lembrado. Através da obra. O resto... "Sic transit gloria mundi"

Mc Snake

Retirei esta notícia do Esquerda Net, não faço qualquer comentário, é redundante Mc Snake: Polícia acusado de homicídio qualificado O agente da PSP que baleou mortalmente o rapper Nuno Rodrigues foi acusado de homicidio qualificado  pelo Ministério Público.

Nora Barnacle

She Weeps over Rahoon Rain on Rahoon falls softly, softly falling, Where my dark lover lies. Sad is his voice that calls me, sadly calling, At grey moonrise. Love, hear thou How soft, how sad his voice is ever calling, Ever unanswered, and the dark rain falling, Then as now. Dark too our hearts, O love, shall lie and cold As his sad heart has lain Under the moongrey nettles, the black mould And muttering rain. 1912 James Joyce

Ulisses

El 16 de junio de 1904, un escritor en ciernes que respondía al nombre de James Joyce invitó a Nora Barnacle, una atractiva joven que trabajaba como empleada en un hotel de Dublín, a dar un paseo por la ciudad. Fue el comienzo de una relación que solo se truncaría con la muerte, pero, sobre todo, aquel paseo fue importante porque en él se encerraba el germen de uno de los proyectos novelísticos más ambiciosos de la historia de la  literatura universal .

O Direito À Preguiça

"... Na sociedade capitalista, o trabalho está na origem de toda a degenerescência intelectual e de toda a deformação orgânica. Comparem o puro sangue das cavalariças de Rothschild, servido por uma criadagem de bímanos, com a besta pesada das quintas normandas, que lavra a terra, acarreta estrume e leva as colheitas para o celeiro. Observem o nobre selvagem que os missionários do comércio e os comerciantes da religião ainda não corromperam com o cristianismo, a sífilis e o dogma do trabalho, e observem, depois, os nossos miseráveis escravos das máquinas." Paul Lafargue, "O Direito À Preguiça"- teorema

Pernas Pró Ar

Hoje os "Pernas Pró Ar" estiveram na Biblioteca Pública de Évora para  contar "No Mundo Maroto do Livro ao Contrário II". Foi bom, disse o Dupond, ao que o Dupont retorquiu: "Foi mesmo muito bom". Eu concordo! Amanhã há mais. Domingo vão para Toulouse e de certeza, certezinha, que ainda vai ser melhor. Era para irem num autocarro cedido pela CME, mas não houve nada para ninguém, nem tusto, tampouco. Assim o pessoal quotizou-se, deu para alugar duas carrinhas sem motorista, e ala que se faz tarde. Parece que só a Fundação Eugénio de Almeida se chegou à frente... Mais nenhuma instituição o fez. É pena! Sempre ouvi dizer que "é de pequenino que se torce o pepino". A mim parece-me é que tudo isto é uma grande, enormíssima pepineira. Crianças e adolescentes de Évora! Nesta cidade, a arte, a cultura, a educação, a criatividade, ficaram escondidas nos arrumos da "Arena", e só de lá saem cada quadriénio; mas não se preocupem, um dia

Feira da Ladra

Hoje vou à Feira da Ladra. Comprar uma máscara de gás. Não tem nada a ver com o jogo de logo à tarde. É um adereço para os Pernas Pró Ar

No Mundo Maroto do Livro ao Contrário II

Pim Teatro Nos pr óximos dias 15 e 16 de Junho, terça e quarta-feira o grupo de teatro infantil e juvenil do pim PERNAS PRÓ AR apresenta o espectáculo “No Mundo Maroto do Livro ao Contrário II” na Biblioteca Pública de Évora às 19h00. Este é um espectáculo sobre bibliotecas, livros, frases e palavras – ao contrário. Foi criado em 2009 e apresentado nesse mesmo ano ao público na Biblioteca Pública de Évora. Este ano o grupo voltou a pegar na ideia original, e com novos olhares e novas perspectivas, adaptou-a e transformou-a num novo espectáculo. “No Mundo Maroto do Livro ao Contrário II” é um espectáculo em forma de poema, ou um poema em forma de espectáculo. Tudo começa numa Biblioteca onde há um rato que come livros, uma estante dorminhoca e assustadiça, uma bibliotecária velha surda e muito simpática e três jovens leitoras bonitas mas impacientes. Depois inicia-se a viagem dentro de uma velha Biblioteca à procura de um livro mágico: o Livro ao contrário. Este livro raro tran

Pernas Pró Ar

As crianças no seu melhor. vamos todos assistir vamos todos pensar como poderia ser se a educação fosse de facto prioritária neste país.

Ganda Pinta

Fui de visita ao "A Cinco Tons" e deparei-me com  esta posta . Fez-me lembrar um filme de Chaplin, tão corrosivo é o humor que encerra. Não resisti, tive de importá-la aqui para casa e tecer breves considerações acerca do que nela li. É um exemplo perfeito do "Tuga Urbano", esse maravilhoso tributo português à pós-modernidade. Três jovens, três mentes brilhantes, decidiram dedicar as suas vidas à intervenção urbana através da acção directa. E o que fizeram? Manifestaram-se violentamente nas ruas da cidade? Assaltaram uma esquadra? Um banco? Uma Ourivesaria ou um posto dos CTT?  Sequestraram alguém de reconhecido poder económico? Não! Tudo isso seria demasiado simples, demasiado óbvio, excessivamente corriqueiro. Estes três mosqueteiros, que transportam em si os genes das cinco partidas do mundo, que acumulam desde a paciência chinesa, à subtileza indiana, à força explosiva dos africanos, aos apurados sentidos dos ameríndios, à febre marítima e aventureira dos

União Europeia protege especulação

Francisco Louçã acusa a Comissão Europeia, o FMI e os ministros das Finanças de protegerem os bancos que especulam e que  roubam as economias

Os Anjos, os Santos e os pobres dos pecadores

Há uns tempos escrevi esta crónica. A cada dia que passa, tudo nela se torna cada vez mais actual e pertinente. Os Anjos, os Santos e os pobres dos pecadores… A Deus o Paraíso, ao Diabo o Inferno; o Purgatório é pertença de Anjos e Santos. O Paraíso fica no alto, o Inferno nas profundezas e o Purgatório no extremo ocidental da Europa. Os “Purgatorieses” não têm a consciência de habitar um espaço de expiação, por isso e também pela vaga sensação de culpa que por vezes os assalta, são cordatos e cooperantes, tal como convém. E como é governado o Purgatório? De forma simples e eficaz. Em primeiro lugar, há que inculcar aos “Purgatorieses”, que são eles os senhores do seu próprio destino: organizam-se eleições para um parlamento, de onde emerge um governo, que é expressão dos resultados dessas mesmas eleições. Só que o líder desse governo, tendo aparentemente resultado da vontade expressa dos “Purgaturieses”, não passa de mera encenação. Quem determina a liderança são os Anjos e os Santos
Bloco, com o apoio do PCP, propõe recusa do plano de austeridade europeu O Parlamento rejeitou  na última quarta-feira, com os votos do PS, PSD e CDS, um projecto de resolução do BE que propunha a ruptura com o plano de austeridade europeu e com o sistema de financiamento acordado entre a Comissão e os governos.   RECOMENDA AO GOVERNO A REJEIÇÃO DO “PACOTE DE MEDIDAS PARA PRESERVAR A ESTABILIDADE FINANCEIRA DA EUROPA” APROVADO PELO CONSELHO EUROPEU EM 9 DE MAIO, E A ADOPÇÃO DE MEDIDAS PARA UMA POLÍTICA EUROPEIA PARA O EMPREGO E A SUSTENTABILIDADE A União Europeia aprovou em Conselho Europeu, no dia 9 de Maio, um “pacote de medidas para preservar a estabilidade financeira da Europa, incluindo um mecanismo de estabilização financeira europeia”, no valor de 500 mil milhões de euros, a que se agrega uma participação do FMI no valor de 250 mil milhões. Este pacote de medidas impõe “planos para a consolidação fiscal e reformas estruturais” de alguns Estados membros. O Programa de Trabalho

Fim de Festa

Muito bom este texto de Juan Jose Millas no "El País"-  "Fin de Fiesta" . A não perder.

Vamos lá a esticar o bracinho

Em Aveiro para comemorar o 100º aniversário da instauração da primeira República, vão vestir mais de 1200 crianças  com a farda da M.P. Não consigo entender o que terá o regime do Estado Novo a ver com a República; o facto do Salazarismo ter uma espécie de presidente supostamente eleito, não lhe confere o estatuto de regime Republicano, já que lhe falta a essência do Republicanismo, esse pequeno pormenor que se chama Democracia.. Comemorar uma data, celebrando um dos pilares do oposto que ela representa, é no mínimo de muito mau gosto. Sendo a democracia pluralismo e diversidade, talvez fosse melhor dar às crianças espaço para se expressarem livremente, com múltiplas cores e alegrias várias, mas enfim... Eu que fui membro forçado da Mocidade Portuguesa (foto) e andei de bracinho esticado "cantando e rindo" sinto-me nauseado com este despautério. Talvez os promotores da iniciativa se possam vestir com as fardas da Legião Portuguesa... assim ficava tudo em família. Já agora, lá

Humberto Delgado e EU ou será EU e humberto delgado

Declarações de Fernando Nobre à TSF e ao Diário de Notícias "Quando lhe perguntam se se considera um homem de esquerda ou de direita, Nobre responde: “mais do que palavras - acho que as palavras estão gastas e esgotadas - são as acções. De palavreado é muito fácil dar-se um carimbo de esquerda ou de direita. Eu demonstrei na prática o que sou, e não foi em seis meses ou num ano - levo 31 anos de intervenção social”. “Na fase em que o nosso país está não é o momento de ostracizar seja quem for. Nós precisamos de nos unir”, acrescenta." Vale a pena ler

Dia de quê?

Dia mundial do ambiente. Mais um. Dias mundiais das coisas que se vão perdendo. Afirmações da nossa esquizofrenia. Tudo tem um preço. Não é verdade que tudo tenha um preço! Tudo tem um custo! Talvez seja bom pensar nisso. Que preço pode ter o ar, a água, a terra que pisamos? Preço paga-se em suaves prestações. O que custa são os juros. E quem os vai suportar são os nossos filhos. Dia Mundial do Ambiente? Dia Mundial de sacudir a água do capote!!!!

Ambiente podre

Israel toma o controlo do navio "Rachel Corrie" Militares israelitas subiram a bordo do navio irlandês que se dirigia  para a Faixa de Gaza com ajuda humanitária.  Já se conhecem os resultados das autópsias às vítimas  do recente e violento ataque israelita à  "Frota da Liberdade."

Bairro Alto e seus amores...

Assim mesmo é que é! Os polícias tem que ser duros! Quem é que manda as pessoas estarem no sítio errado à hora certa. Além do mais existe uma regra de ouro que tem de ser sempre respeitada: Se tens um bastão malha neles que é para seres promovido...

A Nobreza na Natureza

Em Valverde este fim de semana a candidatura de Fernando Nobre, vai mostrar a  História das Coisas , é uma boa ideia, sem grandes custos, possibilita o debate e aproxima as pessoas. Além do mais dispensa os partidos e só implica opções de cidadania, independentes! sem essas confusões de esquerda e direita. Aplaude-se a escolha do tema, encolhem-se os ombros ao Tide.

a importancia das coisas pequenas

Há uns anos, era eu puto, resolvi construir juntamente com um amigo, uma escada que nos permitisse chegar ao topo das laranjeiras do quintal dos meus avós. Arranjamos dois paus tratados de três metros, para fazer as traves e uma série de paus mais pequenos, para fazer as travessas. Colocamos a primeira travessa e a segunda, sem reparamos que havia um pequeno desalinhamento, de cerca de um cm entre as duas, no local em que as cravámos nas traves. A terceira travessa foi alinhada com a segunda e assim sucessivamente, até que à quinta ou sexta, o desalinhamento já era tão notório que a feitura da escada se tornou impossível. Tivemos de arrancar os pregos e recomeçar. A partir desse dia aprendi a contextualizar a importância das coisas pequenas... por si são irrelevantes, quase espúrias, mas se as deixamos acumular, a sua dimensão torna-se  inultrapassável. Daí o cuidado que temos de pôr naquilo que proferimos, especialmente se as nossas afirmações forem escrutinadas por todos, como