O que resulta destas eleições em Espanha é a afirmação generalizada do descontentamento face a um sistema, que de representativo tem muito pouco. Os partidos tradicionais (seja isso o que for) reagem ao seu fim prescrito nas urnas. De plenipotenciários, passaram a instituições de facto sujeitas a escrutínio e andam numa roda viva a recolher todas as bóias que impeçam o afogamento. O medo apoderou-se dos seus quadros e, em poucos dias, passaram da arrogância à subserviência, da imposição à súplica. Fico à espera da resposta que os recém eleitos darão nesta crise, que é sobretudo o fim do paradigma em que assentavam as relações de poder. A ver vamos se alguma coisa restará de aproveitável nos escombros do séc. XX