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Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2012

Hoje Há Greve Geral

Passos Coelho conseguiu com esta bendita asneira de não conceder tolerância de ponto à Função Pública, o que as centrais sindicais, a que é e a que jamais foi, nunca na sua história lograram atingir. A mais bem sucedida greve geral na história da segunda República. O país parou e a festa está nas ruas. várias manifestações com milhares de pessoas estão a acontecer em todo o país, e os agentes da autoridade (facto inédito) preocupam-se apenas com a segurança dos cidadãos e deixaram a repressão de lado. Aguardo com ansiedade os números de adesão à greve, mas estou convicto que andarão próximos dos 100%. Tanto quanto sei, apenas os serviços mínimos estão garantidos e mesmo o patronato num gesto inédito, aderiu à paralisação. De facto há vocações que se manifestam tardiamente, a de Passos como sindicalista é uma delas... de qualquer das formas respeito a sua coragem. não é fácil para um Primeiro-Ministro assumir assim a luta dos trabalhadores.

Deixem-se de Falsos Pruridos

Caíram que nem uma bomba as declarações proferidas pelo Presidente do Parlamento Europeu, acerca do convite do governo Português ao investimento Angolano no nosso território. Interferência na nossa soberania, ingerência despropositada, foram as críticas mais suaves que se ouviram, se calhar com alguma razão, mais por via indireta, como consequência das patacoadas, essas sim abusivas, da chanceler alemã, do que pela própria essência do discurso de Martin Schulz  . Em boa verdade, o cerne da questão consiste em saber até que ponto, estados democráticos, como Portugal ou a Alemanha, ou qualquer outro, ao negociarem com a China, ou com Angola ou com qualquer outra ditadura em que os mais básicos direitos do homem são ignorados, em que a corrupção é um instrumento banal de poder, com mortes, prisões, inimagináveis desigualdades sociais... não serão cúmplices de todas essas iniquidades. Há que reflectir sobre se o dinheiro tudo justifica, ou se pelo contrário a economia deve estar ao

O Burro do Inglês

“Devemos persistir, ser exigentes, não sermos piegas e ter pena dos alunos, coitadinhos,que sofrem tanto para aprender”, ilustrou, considerando que só com“persistência”, “exigência” e “intransigência” o país terá “credibilidade”. Quem ilustrou foi Passos Coelho o insigne primeiro-ministro desta ficção que alguns insistem em apelidar de governo. Confesso que houve uma altura em que cheguei a pensar que eles, (o governo) eram mal intencionados, que tinham como objectivo último dar cabo do país, integrar-nos numa pã-germania em que cumpríssemos o papel de contentor, consumindo os restos do lixo neo-liberal… assim a modos que o extremo esfarrapado de uma bandeira. Mas não! Eles (o governo) são mesmo burros! É trágico mas é verdade. Convém, para que sigam melhor o meu raciocínio, lembrar-vos que estes cavalheiros se formaram no consulado de Cavaco, o tal do betão e do bom aluno, o homem do sucesso medido pelos bens materiais. Para eles, sensibilidade social, política, ou qual

Naufrágio

Diz o PM que o programa eleitoral do PSD continha tudo o que foi acordado com a Troika e mais umas quantas medidas avulsas. Não terá sido assim; o programa foi copiado do memorando e viu depois uns tantos acrescentos, apenas para que se pudesse distinguir dos programas do PS e do CDS, que por sua vez também eram o acordo quase ipsis verbis, apenas com uns retoques para lhes conferir uma originalidade que não possuíam. Durante a campanha foi dito e jurado que não existiria outra alternativa para Portugal, que se não existisse o acordo e os subsequentes fundos de resgate, o país sucumbiria a uma inevitável bancarrota e que isso, só por si, justificava plenamente a abdicação de grande parcela da nossa soberania e a austeridade cega que o pacto implicaria. A quem não concordou e alertou para o futuro sombrio, foi colado um rótulo de irresponsabilidade, um labéu de traição. Assumiu-se que uma renegociação da dívida seria a total perda de credibilidade internacional e que mais d