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Mensagens

A mostrar mensagens de 2009

A dor insepulcrável

Diz o Presidente da Câmara que melhor fora as forças da oposição terem-se coligado para o sufrágio de 11 de Outubro, do que se coligarem agora para inviabilizar a sua gestão. À primeira vista seríamos levados a pensar ser este o novo "franchising" do PS. - Chegou a vitimização à nossa cidade, visite o novo espaço bem perto de si, na Praça do Sertório... Mas, se atentarmos bem, a coisa tem um sentido bem mais profundo. Existem qualitativamente duas espécies de votos, a primeira engloba os votos no partido detentor do poder executivo, é a espécie "golden" e os seus detentores têm garantida por um período de quatro anos a gestão  discricionária da "coisa pública". A segunda, a espécie "standard", abarca todos os outros votos e os seus detentores têm o direito de ouvir e concordar, ou então, caso não concordem, têm o dever de calar. O raciocínio até seria interessante se as suas premissas não estivessem ligeiramente distorcidas, é que na realida
Estou em casa, ouço Caetano, a nostalgia invade-me, insidiosa apodera-se aos poucos, pedaço a pedaço de mim. A chuva e o vento na rua, em casa, na lareira, o fogo, ondulante... Amanhã será um novo dia... Amanhã será...

Quem não rouba

Quem não rouba ou não herda, há-de ganhar mas é uma pipa de merda! Sabedoria popular. Dito de pai para filho. Retrato de um povo. Herança do "Estado Novo". Se não tivermos dinheiro não nos safamos, mas se trabalharmos para alguém, jamais ganharemos o suficiente para dobrar a esquina da sobrevivência, mais ou menos confortável, mas sempre sobrevivência. Não quero isso para mim! Não é o dinheiro que me move, mas sim o bem-estar, o direito que tenho, que temos, de aspirar a concretização dos próprios sonhos, que são diferentes dos de todos os outros. Ainda bem que são, ainda bem que somos. a diferença elimina a avidez, mostra-nos na multiplicidade, o valor intrínseco do caminho que escolhemos. O meu conforto depende dos livros, milhares, milhões de folhas de papel com pequenos signos impressos, que sem abdicar da sua singularidade se expressam no colectivo, sem terem sequer de saber que só assim fazem sentido. Nós sabemos, mas não ligamos, por isso não fazemos sentido.

Olá

Olá meus senhores! Sou um cidadão comum, daqueles cuja vocação é não sobressair. Não me importa a notoriedade, não quero ser notado, quero manter a vocação anónima de tudo aparentemente me passar ao lado. Um espectador. Vejo tudo em torno de mim sem rebuços e sem juízos, ouço também, mas com atenção diminuída, porque as palavras são enganosas, dependem sempre de quem as profere, não de quem as escuta. Daí tudo artificiosamente me passar ao lado, sou portanto um fingidor, vivo no aparente, fingidamente. Não me crêem? Então cá vai. Nada melhor que uma história comprovadamente falsa em toda a sua verdade, testemunhada por muitos, como convém, mas apesar de tudo falsa, para provar a bondade das minhas palavras. Quem poderá dispor da verdade nestas coisas do mundo, não é? Dizem que não há muitos anos existiu um cidadão de grossos cabedais, que, por levar uma existência árida de solteirão se fazia convidado para todas as festas dos arredores. Lá chegado e depois de cumprimentar os