O homem que penhorou a retrete do Estádio das Antas e que seguindo a mesma linha de pensamento excretou o programa eleitoral do PSD, o tal dos pentelhos, foi indicado para presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP.
Vai receber 639 mil euros anuais que acumulará com a pensão de 9600 euros mensais.
Num país em profunda recessão, com 20 mil pessoas abaixo do limiar de pobreza, com mais de 13% de desempregados, com uma inflação prevista superior a 3%, o que é que o homem tem a dizer?
Apenas que "50% do que eu ganho vai para impostos. Quanto mais ganhar, maior é a receita do Estado com o pagamento dos meus impostos, e isso tem um efeito redistributivo para as políticas sociais".
Seria de supor então, que o combate à crise se sustentasse na criação de emprego, no apoio ao investimento e não no roubo absurdo perpetrado por este governo, à grande maioria dos cidadãos.
Mas não! Rapa-se o taxo até ao limite e depois de tudo espremido aconselham-se as pessoas a emigrar, se calhar na esperança de captar as suas poupanças...
Quando algum ignorante manifesta incómodo pelo facto de as maiores empresas portuguesas "deslocalizarem" os seus dividendos para fiscos mais "amigos", cai o Carmo e a Trindade, porque se assim não fosse eles investiriam noutro lugar e o país descapitalizar-se-ia, logo, é preferível esmifrar até ao tutano os que não podem fugir, porque o que importa é o saque; os servos da gleba que se lixem! Se não poderem recorrer aos hospitais e aos centros de saúde, tanto faz, terra abandonada há para aí de sobra para que se possam enterrar, se não tiverem acesso ao ensino, não há problema, porque quanto menos souberem melhor, se abandonarem os brandos costumes, há sempre umas contas offshore disponíveis num paraíso fisacal e uns amigalhaços na Colômbia, ou na Holanda, ou em Angola, dispostos a apoiar, porque como toda a gente sabe o mudo é uma bola que rebola, e de tantas voltas que dá volta sempre ao mesmo lugar...
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