Avançar para o conteúdo principal

O Aquário


Estou muito aliviado.
Oficialmente a pandemia de gripe A extinguiu-se.
Voltaremos agora à vulgar gripe sazonal que vulgarmente vitima mais pessoas.
Entretanto seria interessante saber quanto foi gasto em vacinas, em desinfectantes, em máscaras, etc. etc.
Seria bom que fosse divulgado quem lucrou com isso.
Foram as pequenas empresas?
Quem está, quem esteve por trás desta miserável mistificação?
Vivemos uma crise em que as pessoas definham e os bancos (e afins) engordam.
Vivemos uma crise profunda de identidade, com o assassinato do Estado Social, com a entrega de todos os nossos recursos aos agiotas neo-liberais, a esse eufemismo que insistem em denominar de mercado.
Saúde, Justiça, Educação, Ambiente, (libertação de CO2 cotada em bolsa) Segurança, tudo com preço, tudo a pagar.
Recordo as vendas dos latifundiários, que forneciam todos os géneros com preços inflacionados aos trabalhadores, num crédito fascista, para os fixar, para os acorrentar, para melhor os escravizar.
Fizeram-se revoluções, guerras fratricidas, milhões perderam a vida, para que tudo ficasse, não na mesma, mas ainda pior. O predador de agora não tem rosto, é a face oculta do voto, o mestre no veneno que provoca torpor para mais facilmente consumir a vítima.
Derrame-se óleo na rua e a penalização é certa, derrame-se petróleo no Golfo do México, meses e meses a fio e os governos pensam em tomar medidas...
São estas as medidas do Big Brother.
É este o estado do mundo no séc. XXI.
Seremos assim como os peixes de aquário?
Sem memória? Confinados ao espaço que outros nos reservaram?

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Viva a globalização II

WILSON from Arnaud Bouquet on Vimeo . Vou postar todos os dias um video com lágrimas. Um video do absurdo e da estupidez. Um video da insanidade deste mundo que habitamos. Da esquizofrenia global. Da imensa tristeza de habitar tal espaço...

A historia da Girafa sem Pescoço

Era uma vez uma girafa, muito simpática, que morava numa enorme savana, lá bem no coração de África. Mas a nossa amiga girafa, não era completamente feliz. Tinha uma pequena mágoa sempre a roer-lhe a alma. À primeira vista ninguém conseguiria dizer que ela não era uma girafa como as outras, com o seu enorme pescoço e as manchas castanhas a cobrirem-lhe o corpo amarelado. Como as outras girafas, tinha o seu jeito desengonçado de andar e o hábito de mastigar as folhas que ia tirando das árvores. Quem a visse diria sem qualquer dúvida que ela era uma vulgar girafa, a viver a vida de todas as girafas, mas não era bem assim. Lá na savana, ao cair da noite, todos os animais se juntavam e conversavam, contavam histórias e cantavam juntos canções que iam inventando no momento, mas, a nossa amiga limitava-se a ouvi-los, porque da sua garganta não saía nem um ai. Por ter um pescoço tão grande, ela não conseguia emitir qualquer som, mesmo o mais insignificante e  era essa a causa da sua melanco