Se o José Mário Branco se candidatasse à Presidência?
Em vez de uma campanha teríamos uma festa.
Os discursos arrebatados, mas apesar de tudo circunstanciais e monotonamente previsíveis, seriam substituídos por intervenções musicais do candidato. As pessoas entenderiam que a vida não tem de ser cinzenta e que o tédio é inimigo da Liberdade.
Estou em crer que se o José Mário Branco fosse candidato, falar-nos-ia de cidadania e de como o homem livre é um habitante da Polis, diria de certeza que a cidadania é um acto político e que só com actos políticos se varre a corrupção e o compadrio; que só afirmando alto e bom som a nossa vontade, se acabam as meias tintas dos senhores correctos e bem intencionados que não têm ideologia nem outro interesse que não servir, mas que se vergam a patrocínios e a estratégias obscuras, revanchistas, de quem quer o poder pelo gozo que o poder dá.
Se o José Mário Branco se candidatasse o país ficaria cheio de cravos e de esperança e os caminhos enchiam-se de gente feliz com alma.
Mas o José Mário Branco não se vai candidatar....
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