Entro. De frente para a porta, um balcão alto de mármore rosa domina toda a sala rectangular, além dele,existem mesas de madeira de tampo quadrado e em torno delas, quatro cadeiras também de madeira. As paredes brancas, sujas do ar pesado da noite, estão parcialmente cobertas por quadros e fotografias de músicos famosos. A porta, ladeada por duas janelas, é uma porta de vaivém feita de madeira pesada, pintada de verde. Três músicos ao canto da sala tocam os blues que me atraíram, quase afagando os seus instrumentos: um velho contrabaixo, uma guitarra de doze cordas e um piano de parede. O espaço está vazio, apenas os músicos, o dono do bar e eu, partilhamos o momento. Peço uma aguardente, sento-me junto à banda e deixo-me levar pelos pensamentos… Eu gosto muito de vocês, mas não pactuo com a vossa vontade. Se agora, por exemplo, me pedirem para os levar a “viajar” no espaço, é evidente que não vos levo. “Merci beaucoup. Répond le garçon qui veut aller au bout du chagrin. Une fenaitre o