Fascina-me esse espantoso anseio do Homem. Criar um Deus à sua imagem para depois o tentar tocar, num esforço de transcendência; em persistente busca do efémero.
Deus é um espelho.
É Torre de Babel vista de cima.
Podemos chegar-lhe ao topo, criando e recriando processos e fórmulas, imaginar percursos, saltar o muro, e agarrar-nos à previsibilidade insuspeita, virtual, de caminhos talhados como se fossem preceitos.
Coleccionarmos semelhanças e tribos e lugares comuns para negar o óbvio:
É a diferença que nos aproxima, é a diferença que comunicamos; não somos iguais.
Não somos feitos para a igualdade, somos para a diferença, para o esperanto, para a necessidade de comunicar.
Saltaremos da torre, no vazio,. como os lemmings a chegarem ao mar e ir água dentro, sempre, um a um, ano após ano, filho atrás de filho...
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