Vivemos muito na ficção imposta pelos "media". Todos os dias somos inundados por notícias pouco isentas e superficiais, que em lugar de informarem ou esclarecerem factos, orientam a opinião pública em sentidos que beneficiam apenas um dos lados, ficando os outros ou completamente ignorados, ou pior ainda, numa espécie de limbo nebuloso, que permite as interpretações mais díspares.
Quando se faz um esforço de integração das minorias éticas ou religiosas ou sexuais, quando se questiona a capacidade do sistema judicial actuar com isenção, independentemente do estatuto social e económico dos arguidos - é-se julgado por um crime, não pelo estatuto - não se devem referir etnias, muito menos arregimentar suspeitos e enfiá-los em "clãs???" como se o facto (duvidoso aliás) de se pertencer a determinado grupo ou família fosse condição "sine qua non" para poder ser responsabilizado por qualquer ilícito criminal.
Estão agora na "moda" os ciganos, já estiveram outros, a seguir outros virão.
O que ressalta de tudo isto, é que quem colhe ventos semeia tempestades e ainda estão muito próximas as milícias populares que na década de noventa de séc. XX arrasaram inúmeros acampamentos sem olhar nem a idade nem a sexo, num ódio irracional que ainda afastou mais a comunidade cigana e a fez fechar-se num autismo injustificável, apenas porque a justiça neste país não funciona e não consegue entender que a mão que pune é também a que ampara e que tem ser de ser comandada pela razão, poucas vezes pelo coração, nunca pelo instinto.
para terminar chamo a vossa atenção para esta notícia, saída hoje no DN, que me deixou boquiaberto e motivou esta minha reacção.
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