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O Turismo em Évora

O turismo em Évora
Sendo o turismo em Évora marcadamente de índole cultural, sabendo que em 1998 a cidade foi visitada por 390539 turistas e que em 2008 apenas 140500 nos visitaram, não são necessários grandes exercícios interpretativos para que possamos extrair uma conclusão, a nossa oferta deixou de ser tão apelativa quanto já foi.
Revelam estes dados que a Autarquia deveria, sem dúvida ter investido mais, que não deu a importância devida aos indicadores de uma crise mais do que anunciada.
Sabem os responsáveis autárquicos, como aliás todos sabemos, que o turismo não depende apenas da quantidade e diversidade de eventos e espaços culturais.
A qualidade dos serviços turísticos e a abertura das mentalidades populacionais são, sem dúvida imprescindíveis para um aumento e melhoria do Turismo.
Se olharmos em termos percentuais para a natureza da afluência turística por países, veremos que em 2008 a percentagem de falantes de castelhano foi de 23,8%, de português 21,5% e de francês 11,7 %, referindo-nos apenas aos três grupos mais numerosos.
Faria assim todo o sentido a tradução integral, (não apenas parcial) das agendas culturais para Inglês, Castelhano e Francês. Esta tradução poderia ser feita por pessoas empregues nessa área ou, a partir de projectos de cooperação entre a Câmara Municipal e a Universidade, nomeadamente através dos cursos de línguas.
Teria de ser gizada uma política de Eventos com calendário ajustado às necessidades, quer da população quer dos que nos visitam. Não como a actualmente existente, em que durante o Verão, existe uma oferta massiva, enquanto que no Inverno e Primavera ela é escassa, chegando a haver fins-de-semana e feriados em que nenhum espectáculo acontece.
Seria fundamental incentivar a abertura dos locais de restauração e comércio tradicional aos fins-de-semana e feriados, bem como o alargamento dos seus horários de funcionamento, principalmente o sector da restauração.
Não faz sentido ter cafés e outros espaços a encerrar às 22horas, nem para os turistas nem para a população residente, quando durante o verão estão abertos no período de maior calor, numa altura em que por força das circunstâncias as ruas se encontram desertas (pudera…).
Teriam de ser exercidas pressões sobre as entidades competentes para que fossem introduzidas aulas de Inglês na formação de Agentes Policiais, para que estes possam comunicar convenientemente com quem nos visita e não se expressa em Português.
Seria bom por uma vez pensar em termos de futuro e não no imediato, nós precisamos e os nossos filhos agradecem. Estas medidas, que fomentariam o turismo e com ele o sector hoteleiro, o pequeno comércio, a criação de emprego na área da cultura, não só na cidade mas também na envolvente rural e na região, levar-nos-iam a encarar de forma mais optimista o futuro do nosso Concelho.
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