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Sr. Fanfarrão


Sete dias por semana
tinha o sr. Fanfarrão
para com voz maviosa
endrominar o povão.
Do alto do seu poleiro
ele desbundava dinheiro,
eram escolas, hospitais,
eram lares e tribunais,
eram pontes, aeroportos,
comboios e ferrovias
e estradas excepcionais.
O povo quando o ouvia,
de tão contente aplaudia
e o sr. fanfarrão
nos seus enganos seguia.
Mas um dia chegou a hora
das suas contas prestar
e aí o tal senhor
Mandou o cinto apertar.
 Tudo o que prometera
Ele resolveu adiar.
não que a culpa fosse sua,
Que não era não senhor.
A culpa, essa magana
Era do trabalhador.
Que em vez de bulir dormia
e o que tinha gastava
sem olhar ao amanhã.
O pobre patrão coitado,
à conta do excomungado,
vivia vida malsã.
Há que cortar nos aumentos,
nas pensões e nas reformas
e ajudar os banqueiros
para pôr tudo nos eixos…
Estava assim nestes preparos,
quando alguém se lembrou,
que poderia sair
p’la porta por onde entrou,
expulsaram-no a pontapé
e o regabofe acabou.
oh yeahh. 

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