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Dúvidas Existenciais


Temos mesmo de ser aprumadinhos para que os nossos disparates sejam ouvidos?
Se estivermos fora do contexto modal e dissermos as coisas mais acertadas alguém nos leva a sério?
Levamos tão a sério essa treta de a mulher de César ter de parecer séria que já não ligamos à essência das coisas?
Se à época existisse televisão e internet e fb as movimentações Crísticas seriam consideradas uma acampada?
Se a "presidenta" da fundação Saramago fosse um homem seria chamada de "presidento"?
Se quem tem bancas na praça vai aos mercados abastecedores, onde irá quem tem bancos na bolsa?
Quando se deposita um voto na urna não será para enterrá-lo?
Porque insistem em fazer papel higiénico com picotado se sabem à partida que não funciona?
Se fazem isso do picotado com o papel higiénico porque não o fizeram com o memorando da troika já que o uso a dar-lhe é o mesmo?

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