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Quem sou eu?



Escrevi isto há uns tempos, não sei se publiquei se não. pouco importa, apetece-me...

Quem sou eu?
O que faço aqui?
Eu sou muitos. Sou todos aqueles que anseiam viver num espaço de liberdade, aberto, corajoso, capaz de se pôr em causa, de se despir de preconceitos e crescer humanamente com as diferenças que lhe dão forma e força.
Sou os que sendo velhos, sobrevivem de velhas reformas dentro dos muros de uma cidade velha, numa casa incómoda que serve apenas para tapar o incómodo abandono a que foram votados.
Sou os que começam longe a sua vida activa por não terem na sua própria terra condições para se fixarem.
Sou milhares, milhões de vozes em uníssono a gritarem basta!
Sou os sem-abrigo, os marginalizados que vivem à margem da sociedade, que percorrem toda a sua existência como sombras.
Sou as minorias sem outra expressão que não a revolta, ou o sussurro do medo.
Sou os imigrantes clandestinos, enclausurados na sua busca da liberdade.
Sou as mulheres abusadas, as crianças violentadas.
Sou todos os que não querendo são.
Porque tem de ser assim.
O que faço aqui?
Faço o caminho da revolução.
Faço a mão que derruba muros.
O dedo que aponta injustiças.
Faço da vida que habito uma viagem que não me envergonhe!
Faço a Liberdade!


Comentários

  1. a dúvida de Hamlet
    príncipe relativo da Dinamarca
    perdeu o sentido
    agora já sem direcção

    vetorial dilema
    agora já sem o perfume do absurdo

    apesar disso
    Hamlet sobrevive
    agora já sem cadeias de tragédia

    pedras metamorfoseiam-se em aladas bóias
    Ofélia vive
    ou volátil flutua

    viva Hamlet finalmente livre
    viva Ofélia finalmente rindo
    viva Eu que esta noite os convidei para jantar

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