Não consigo entender esta questão toda à volta de Rui Tavares.
Em relação a Louçã não faz sentido. O coordenador da Mesa não é o BE e que eu saiba, não pretende sequer sê-lo.
As suas declarações são isso mesmo, suas... aliás, mesmo que fossem representativas de todos os aderentes, todos os simpatizantes, todos os eleitores que votaram Bloco nas últimas europeias, não seriam nunca motivo para tão precipitada decisão.
A não ser que se interprete à letra a célebre frase de Marx, (do Groucho) "jamais aceitaria entrar para um clube que me aceitasse como sócio". Aí sim esta decisão faria todo o sentido, embora pecasse por tardia.
Só há uma justificação plausível para esta atitude, a saber: o BE tinha perfeita consciência da sua incapacidade em eleger qualquer deputado para o Parlamento Europeu, socorreu-se assim da imensa popularidade de Rui Tavares, que sendo tamanha permitiu a sua eleição mesmo em terceiro lugar da lista, os dois eleitos antes dele, foram-no porque os portugueses não podendo admitir a não eleição de tão coerente personalidade, votaram não no Bloco, mas nele. Foi uma jogada que deu frutos, mas que já não faz sentido continuar a promover.
Também há quem pense que Rui Tavares foi eleito por integrar a lista do BE, com as propostas do BE e que chegado a um ponto de ruptura deveria ceder o lugar a alguém que defenda essas propostas.
São pontos de vista.
É a vida.
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