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Casemo-nos então

Desde o rapto das Sabinas às noivas de S. António!
Eu sou casado, pronto, admito que já coabitava com minha companheira há alguns anos, antes de darmos o bote e nos estatelarmos no duro pavimento do Dtº das Obrigações, mas o contrato foi o melhor que se pode arranjar para dar luz aos ensejos dos progenitores…
Agora estamos bem, de papel passado, com conta comum nas Finanças, celebrando todos os anos o nosso amor através de declaração conjunta.
As filhas entretanto chegaram e como estamos casados, o nosso amor por elas é muito maior, porque institucionalizado; nada se pode avocar à nossa vocação parental.
Existem apesar de tudo alguns detalhes que ultrapassam o meu entendimento destas coisas do mundo.
O que terá o casamento a ver com o amor?
Ou com a partilha?
Ou com essa “patética” necessidade humana de nos sentirmos integrados numa sociedade para a qual contribuímos com o nosso esforço, a nossa criatividade, o nosso trabalho?
O casamento não serve para expressar publicamente a vontade de partilharmos a nossa vida com outra pessoa, com tudo o que isso implica?
O casamento e o amor… isso é história recente cá para as nossas bandas, porque noutros lados do planeta, a coisa é ainda determinada por interesses. Imaginem que até há lugares onde a poliandria é coisa aceite. Coitada da esposa… mas pronto amor não é “costume”…
Com a partilha? Certamente! Aliás, para muitos é mesmo um excelente negócio, vulgarmente conhecido como o golpe do baú, instituição aceite e regulamentada inclusivamente através de acordos pré-nupciais.
O casamento só serve para partilharmos publicamente a nossa vida com outra pessoa, se não, às segundas quartas e sextas com A, às terças quintas e sábados com B e aos Domingos assinaríamos petições para referendos despropositados.
Um referendo despropositado é aquele que manda às malvas a vontade popular numa democracia representativa.
Vontade expressa no voto em programas de governo que contemplam, por exemplo, o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Referendo que por conveniência, tenta forçar demagogicamente um plebiscito que vai contra a essência dessa mesma democracia representativa.
Fiquemos então a saber que só podem existir casamentos entre pessoas de sexos diferentes, não me perguntem porquê.
Casamentos entre homossexuais de sexos diferentes? Pode!
Casamentos entre heterossexuais e homossexuais? Pode!
Casamento entre pessoas de diferentes origens étnicas, desde que não sejam do mesmo sexo? Pode!
Casamento entre Homofóbicos hetero? Pode! (se calhar por isso é que o Hoover morreu solteiro)
O que não pode é haver casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
Casamento tipo B1-PMS da mesma etnia e da mesma idade.
Casamento tipo B2-PMS da mesma etnia e idades diferentes.
Casamento tipo B3- PMS de etnias e idades distintas.
Casamento tipo C1. PSD (pessoas de sexo distinto) com a mesma etnia e idade.
E por aí fora…
O Simplex no seu melhor!
E o que mais me custa, é que não poderemos dizer que ninguém lhes passa Cavaco…

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