Sento-me à sombra a fumar um cigarrito e a pensar na vida.
Como é possível envolver-me tanto com o acessório e esquecer o principal?
A vida é como a água que corre; não passa duas vezes pelo mesmo sítio.
Crise?
Mercado?
Dívida pública?
Pessoas!
Gente que tem filhos e pais, que sente, que sofre e é feliz e sofre outra vez. A economia é um instrumento, tal como determinado regime político; como tudo o que emerge do social.
Na base estamos nós, as nossas aspirações, os nossos sonhos...
E nós somos nós todos, os habitantes desta esfera azul que viaja no espaço. Não apenas alguns, não apenas os mais altos ou os mais baixos, os mais claros ou os mais escuros, os que não têm oportunidades, os que as tiveram e desperdiçaram. Todos os que cá estão.
O cigarro entretanto acabou-se e eu vou-me acabando; amofinado com o mundo às avessas que se foi criando só porque andamos meio distraídos...
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