" In a hierarchy, every employee tends to rise to his level of incompetence"
Entrar na Universidade, uma qualquer, escolhida a licenciatura, uma qualquer.
Lá chegado integrar uma lista para a Associação de Estudantes, qualquer lista, desde que supra-partidária e em lugar elegível.
Só depois é viável a aproximação às juventudes partidárias e nunca de forma precipitada, ir negociando, fazendo e recebendo favores, só posteriormente feita a relação custos/benefícios… aderir a uma. Há quem opte por arrimar-se à estrutura de um partido tribunício; tem as suas vantagens: mais mobilidade, já que a competição é menos feroz e, as causas adoptadas, por regra, têm maior visibilidade. Poder-se-á depois fazer transferência para um partido do arco do poder.
Sendo o objectivo da licenciatura, a integração no aparelho de um dos partidos do eixo do poder, é também importante que essa integração seja plena antes da conclusão da licenciatura; é preferível perder um ano ou dois, a uma assimilação pouco conseguida pelo aparelho.
Com a licenciatura concluída, é importante fazer o estágio numa autarquia ou então num instituto público. O estágio é o tirocínio para a vida activa.
Durante o período inicial, depois de efectivado o conhecimento do território, ou melhor, da geografia humana, é importante estabelecer laços, integrar uma rede, ganhar visibilidade.
Se essa rede de enlaces for convenientemente tecida, o partido, antes de terminado o estágio, proporá a integração no aparelho como funcionário pago por uma autarquia, onde para além do inerente comissariado político, prestará funções de assessoria.
A partir daqui o nível de exigência é mais baixo, já que a prestação de provas foi concluída com sucesso. Será a altura de aderir a uma das duas agremiações “secretas” à escolha - na Europa a Maçonaria ou a Opus Dei – e repetir todo o processo universitário.
Virão os cargos de responsabilidade política, com as inevitáveis participações nos conselhos de administração de diversas empresas, um qualquer lóbi clandestino com a subsequente remuneração, enfim a partir daí será uma questão de competência e competitividade, num mundo que não é assim tão difícil, senão a licenciatura seria tempo perdido…
Pouco, muito pouco mudou nos últimos 30 anos; mudou a escolha aleatória do curso; aparte esse, hoje despresível detalhe,revejo neste exemplo do 'princípio de Peter' a carreira de dois dos mais mediáticos políticos nacionais...Há 25 anos,duas cabeças espreitavam por cima do ombro do então 1º Ministro...e lá conseguiram chegar!
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