O nosso abnegado líder que enquanto primeiro-ministro malbaratou os fundos comunitários de apoio, instituiu e distribuiu sinecuras pelos seus homens de mão, nunca concretizou as suas agora propaladas "preocupações sociais," vem agora, (bom discípulo de Frei Tomás) afirmar-se como o salvador da pátria. O presidente que viveu o primeiro mandato a desviar-se das gotas da chuva, que sempre apoiou as medidas restritivas deste governo, vem feito pavão, de peito inchado e a arrastar a asa, afirmar que é ele e não outro o graal da nossa redenção. Fala dos mais desfavorecidos - ele que até poupa nos outdoors e que não vai receber a prendinha de natal costumeira para dar exemplo de poupança - como se fosse o seu paladino. Fala de coragem ele que se considerava e a todos nós consigo, óptimo aluno dos ensinamentos ultra-liberais que tomaram de assalto a Europa e nos mergulharam nesta crise de contornos medievais. O homem que teve Sousa Lara no seu executivo, afirma-se rodeado de int