“ Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”
“Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.”
Lentamente os fiéis foram abandonando o templo, primeiro os homens, depois as mulheres e as crianças.
Só quando todos saíram, o padre se dirigiu à sacristia para tirar os paramentos. O seu ajudante já deveria estar à sua espera para o auxiliar.
Mas a sacristia… encontrou-a vazia; mais vazia do que o habitual. Olhou em volta e reparou que Cristo não estava no crucifixo, o sacristão também não se encontrava no lugar de sempre junto dos gavetões, a arrumar os utensílios da missa.
Uma sombra de preocupação toldou-lhe o olhar, de repente largou em correr pelas ruas da aldeia. As pessoas atónitas olhavam para o desvario e quedavam-se mudas, sem perceber a loucura do pastor, a correr desalmado e a murmurar: “não pode ser não pode ser,” como se o mundo estivesse para desafinar.
Só se deteve à porta do sacristão, mas era tarde de mais, um imenso burburinho soltava-se de dentro; o ajudante do cura tinha acabado de descobrir quem andava metido com a sua mulher.
“ Madalena, ai Madalena… como me pudeste fazer isto?” ouvia-se
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