Estou em Lisboa.
Já cá não vinha em modo de turismo há muito tempo. Na viagem dei comigo a fazer planos; vou até ao Bairro, bebo uns canecos, revejo o pessoal, numa boa, sem ter de acordar cedo, sem ter de cumprir o quotidiano imposto pela espuma dos dias…
Vou deambular pela baixa, sentar-me numa esplanada, armar-me em faquir, etc e tal.
Saí do expresso, apanhei um táxi até casa e fui invadido pela lassidão burguesa dos entas. Bocejos, comichões, cortigripes mentais. Que se lixe o Bairro, vou amanhã. Depois pus-me a pensar… chego lá, não encontro ninguém, ou quase ninguém, ponho-me a andar de um lado para o outro, feito barata tonta…
Resumindo vim a Lisboa para ficar em casa, funciono a válvulas, preciso de me aclimatar, como o rádio do António Silva, amanhã vou a Évora para respirar o mesmo ar das minhas filhotas, e depois regresso, aí sim vou pintar a manta.
Já pus na cabeça que o Adamastor está no mesmo sítio, que o Bairro também, que o Cais continua o Cais…
Tenho é de fazer uns telefonemas ao pessoal da Bica, para não dar com os burrinhos na água…
Comentários
Enviar um comentário