Manuel Alegre entendeu por fim, que mais do que um presidente nós necessitamos de um candidato.
Entendeu que os apoios não se negoceiam, ganham-se!
Entendeu que não são os partidos, por mais eleitores que representem, que definem a vontade de um povo.
Manuel Alegre entendeu que só a distância da direcção do PS lhe garante o voto dos socialistas.
Mas agora não são os votos nas urnas que pesam. O que conta, o que o povo pede é uma bandeira. Um candidato.
O que se exige de Alegre é que ele seja a voz que se levanta contra as injustiças, contra as desigualdades gritantes que sufocam os trabalhadores, que aniquilam aqueles que vivem do seu trabalho.
O que se exige do candidato é que assuma a revolta dos deserdados. Que lute ao lado dos que não são ouvidos, daqueles que são espoliados da sua dignidade, das mulheres e dos homens que se arriscam a passar pela vida sem que a possam viver.
Que importa a quem tem fome o nome de quem lhe rouba o alimento?
Que importam as palavras, que peso têm as promessas para quem se vê privado do amanhã?
A um candidato exige-se que esteja na rua, a lutar ao lado daqueles que dele necessitam. Mais do que uma eleição, mais do que uma qualquer votação, a vitória que conta, que decide, é ser a voz desassombrada de um povo.
Pelos vistos Manuel Alegre ainda não esqueceu que “há sempre alguém que semeia canções no vento que passa”
Talvez assim possamos responder-lhe que “há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não”.
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