Avançar para o conteúdo principal

O bullying dos fanfarrões


A Nato é em certa medida a institucionalização do bullying. Um grupo de fanfarrões convictos do seu poder, que se organiza para atemorizar e agredir os que incomodam a expansão do seu umbigo.
É também o braço armado daqueles que se sentem donos do mundo e necessitam dele para impor as suas políticas de desigualdade, de intolerância, de indignidade e desrespeito pelos direitos humanos.
Sentimos agora na rica Europa, o peso do fascismo social em que vivemos. Imaginemo-nos em África, na América Central, em qualquer canto do mundo em que as pessoas fingem que sobrevivem com menos de um € por dia, em que as crianças trabalham escravizadas, horas a fio, em que os retro-virais são artigo de luxo, em que epidemias como a cólera são sazonais, em que as guerras são estimuladas para que sejam vendidos os refugos da Nato com retorno milionário.
São esses os que nada têm as principais vítimas do bullying fascista, são eles que vêm a Lisboa reunir-se para determinar quais as próximas vítimas, para que campo de morte enviarão os seus exércitos…
Não vem sós, acompanham-nos os seus blindados, os seus helicópteros e aviões, as suas armas último modelo. Não vêm, embora o afirmem, debater nada, vêm apenas exibir o seu poder, afirmar que o mundo é deles e que não pretendem abdicar do seu brinquedo.
E quem lhes quiser fazer frente, com uma fisga, com uma faca, com papéis de embrulho, quem na sua revolta lhes incomodar a sensível bílis, é preso, julgado condenado, mesmo que tenha razão, mesmo que lhes seja moralmente superior, mesmo que seja melhor do que eles. Porque lhes recusa as armas, porque lhes diz não, porque não quer o mundo como quintal, porque sabe que o mundo é a casa de todos.
Mais tarde ou mais cedo, a verdade virá à tona.  

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A historia da Girafa sem Pescoço

Era uma vez uma girafa, muito simpática, que morava numa enorme savana, lá bem no coração de África. Mas a nossa amiga girafa, não era completamente feliz. Tinha uma pequena mágoa sempre a roer-lhe a alma. À primeira vista ninguém conseguiria dizer que ela não era uma girafa como as outras, com o seu enorme pescoço e as manchas castanhas a cobrirem-lhe o corpo amarelado. Como as outras girafas, tinha o seu jeito desengonçado de andar e o hábito de mastigar as folhas que ia tirando das árvores. Quem a visse diria sem qualquer dúvida que ela era uma vulgar girafa, a viver a vida de todas as girafas, mas não era bem assim. Lá na savana, ao cair da noite, todos os animais se juntavam e conversavam, contavam histórias e cantavam juntos canções que iam inventando no momento, mas, a nossa amiga limitava-se a ouvi-los, porque da sua garganta não saía nem um ai. Por ter um pescoço tão grande, ela não conseguia emitir qualquer som, mesmo o mais insignificante e  era essa a causa da sua mel...

Os cães no Santuário de Fátima

Continuem a fechar os olhos...  Ju Carvalheiro O ESCANDALO do Santuário de Fátima em relação ao abate de animais é conhecido de muitos, mas ninguêm ainda conseguiu parar esta crueldade . As ordens partem da Reitoria do Santuário, para que todos os cães que aparecem por Fátima, quer sejam adultos ou cachorros, quer tenham donos ou não, são capturados pelos seguranças e colocados na caixa que apresentamos em foto. Esta caixa está mesmo nas traseiras do santuário, no local das oficinas. Ali ficam os cães durante algumas semanas, ao frio e á chuva de Inverno, á chapa do sol, no Verão. Sem direito a comida ou água, num espaço minimo onde a maioria nem se consegue colocar de pé... Existem alguns seguranças que não levam os cães capturados para este local, conseguem levar alguns para casa e adoptam-nos ou arranjam donos entre os seus vizinhos ou cologas de trabalho. Boa gente esta que sofre em ver os animais assim tratados, mas que se sente impotente com a ameaça de perderem os seus...

Abril dos meus encantos

Amanhã 25 de Abril Para muitos é uma data de calendário, um dia que foi e que se celebra por ter sido. Um marco a definir o antes e o depois. Antes a bruma medieval do fascismo do Estado Novo que se tornou velho, depois a Democracia, os cravos, o povo unido, o folclore produzido por aqueles que sendo passageiros do antes, tentaram impor de todas as formas o regresso às trevas da oligarquia que nos dominava. Para mim 25 de Abril será sempre o de 1974, quando eu tinha dezassete anos e encarava o mundo como um campo por lavrar, um imenso campo onde todo povo coubesse, uma lavra que por ser de todos não seria nunca de ninguém. Tinha então dezassete anos... Fui para o Carmo e andei pelas ruas e cantei e bailei e festejei antecipadamente o meu direito a errar, porque errar significa optar e optar é poder corrigir o erro. Desses tempos um ensinamento me ficou, uma mensagem de Abril, talvez a mais importante. Não há que ter medo! o medo é o pior inimigo do sonho, o medo tolhe, o medo s...