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O Povo Unido


As condições de vida dos Portugueses continuam a agravar-se a cada dia que passa.
Mais e mais medidas de austeridade, com reflexos dramáticos no nosso quotidiano são anunciadas para desespero de quase todos.
Cortes significativos nos vencimentos, aumento imparável do custo de vida, especialmente nos bens de consumo básico, por via dos impostos indirectos. A prestação de serviços como a saúde ou a justiça cada vez menos acessíveis; transformam o nosso quotidiano num verdadeiro calvário.
Dizem os especialistas que a saída para esta crise passa pelo aumento das exportações, ou seja, temos de vender mais do que compramos.
Mas vender o quê se não produzimos em qualidade e em quantidade suficientes, se a nossa economia se retrai de forma dramática?
Se o dinheiro que pedimos emprestado serve quase e só para pagar os juros da dívida?
Dívida privada entenda-se. Não é o que o Estado deve, não é a dívida pública, que nos atormenta os dias.
É a dívida da banca, o dinheiro que os nossos bancos pedem a outros bancos para se financiarem e depois bancarem a falta de estratégia que o desvario do centrão não elaborou para o país.
Claro que quando chega a hora de pagar, são sempre os mesmos a assumir a despesa, são os que menos têm, aqueles que dependem dos salários mais baixos, os que menos hipóteses têm de se defender.
O problema, o nosso problema, não é apenas a baixa produtividade, a dimensão reduzida da nossa economia.
O que nos sufoca, aquilo que nos impede de crescer, são as desigualdades sociais, a profunda assimetria existente no nosso país, em que alguns, muito poucos, ganham quase tudo e a maioria ganha uma mão cheia de vento e outra repleta de coisa nenhuma.
Foi contra isto que se fez o 25 de Abril, contra aqueles que Zeca Afonso chamava “os Vampiros”.
A hora é de luta, de sair à rua, de parar as fábricas os transportes, as escolas… de dizer não! De gritar que já basta.
Quem cala, consente.
Nós não podemos consentir, trata-se de defender os nossos direitos, o futuro dos nossos filhos.
Quem inventou essa história de levar um estalo e dar a outra face, não conhecia os partidos do centrão.
Quem criou a crise, que a pague.
Nunca como hoje a frase “O povo unido jamais será vencido”, fez tanto sentido.

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