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palhaços equilibristas


Esta novela protagonizada pelos partidos do eixo do poder e apadrinhada pelo Presidente candidato,põe a nu o que de mais baixo existe na natureza humana.
Não se trata aqui de discutir um orçamento, de chegar a um consenso e avançar no sentido da aprovação de um documento em que se acredita.
Trata-se apenas de empolar uma situação já de si má, para colher dividendos políticos. Neste caso a corda bamba, o tem-te não tem, é de toda a conveniência.
Para o candidato porque lhe permite fingir que é um homem de acção e de consensos vários.
Para o PSD porque no meio do esgoto a céu aberto é o composto menos degradado.
Para o PS porque se afirma, apesar do mau cheiro generalizado, como aquele que ainda tem alguma hipótese de encarniçar o tratamento e dilatar o período agónico.
Isto tudo embrulhado pelos media em papel de seda, encharcado em essências neo-liberais para abafar o azedo da decomposição e servido à hora da refeição por comentadores, que por acaso também são representantes da banca, que por acaso é quem comanda a charanga.
A comunicação social alinha na jogada com a sua costumeira isenção e independência e saem notícias destas. a demonstrar as intenções e o absoluto vazio desta polémica.
(aqui e aqui)
Entretanto, nós por cá andamos com a cabeça entre as orelhas, mas sem a usar para processar o que vamos ouvindo.

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