Estou a viver a suave indiferença dos condenados.
Tanto faz que me rasguem de pancada a carne, tanto faz.
Tanto faz que me calem a revolta, tanto faz.
Tanto faz que o dia me nasça do crepúsculo, tanto faz.
Tanto faz que os sonhos não morem já em mim, tanto faz.
Tanto faz que eu seja uma nota de errata, tanto faz.
De mim já nada se refaz, vivo apenas porque vivo.
Já nem me importa o fim que se avizinha.
Já nem conta a esperança nem o movimento trémulo do meu coração
Descompassado e frágil.
Tanto faz…
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